Em preparação para o nosso mega evento de 12 de Março (sabe mais aqui!), onde terão de derrotar o assustador Dracolich Dretchroyaster, quero dar-vos uma ajuda para começarem já a pensar qual poderia ser a estratégia para sobreviver e superar este vilão. E que melhor sitio para procurar dicas e conhecer relatos do que na literatura fantástica?! Porque estamos a falar de um monstro de enormes proporções, que nem sequer sabemos se poderá ser derrotado em conjunto por diversas equipas (terão de vir marcar a diferença dia 12/Março!), trago-vos o que de melhor existe sobre o tema. Assim, fiquem com os meus 5 favoritos Dragões na literatura!
Conheçam mais sobre estas criaturas, nas suas mais diversas facetas. Quem sabe não vos darão uma vantagem na luta contra o maior vilão de todos – o Dracolich Dretchroyaster. Contamos convosco no LisboaCon! M.I.S. Imagem: ©2015-2016 sandara http://sandara.deviantart.com/art/Green-Dragon-v2-579637253
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“The land of Terre d'Ange is a place of unsurpassing beauty and grace. It is said that angels found the land and saw it was good... and the ensuing race that rose from the seed of angels and men live by one simple rule: Love as thou wilt.” [Goodreads] É neste Mundo que se desenrola toda a história de “Kushiel’s Dart”, de Jacqueline Carey. Com claras parecenças com o continente europeu, visíveis nas semelhanças com países como França e Reino Unido, conta-nos o percurso de uma Terra pelos olhos de Phedre no Delaunay. Uma cortesã, num país onde a sexualidade é uma dádiva aos Deuses, em particular à Deusa Naamah. Mas Phedre irá mais longe do que seria de esperar, na sua busca por mais informação e conhecimento, até mesmo por vingança. Não é uma leitura nada fácil. Para além do tamanho deste livro, com mais de 900 páginas, levou-me a viver situações por vezes desconfortáveis. Sendo Phedre apelidada de “anguissette”, capaz de sentir prazer apenas através da dor, as suas relações com os seus e suas “patrons” (que contratam os seus serviços) são muitas vezes brutais e nem sempre fáceis de ler e de imaginar. No entanto, a sexualidade aqui não é sempre vista através de um ponto de vista da dor, trazendo-nos momentos calorosos e de enorme amor. Phedre consegue ser ainda uma heroína que vai para além deste papel enquanto cortesã, tornando-se uma diplomata e espia ao serviço de um reino, mesmo que nem sempre vista desse modo por todos os que a rodeiam e que desconhecem o seu verdadeiro treino. Contudo, embora toda a história seja relatada por Phedre, ela não é a única que conhecemos. Todo este livro está recheado de personagens e nomes, por vezes difíceis de seguir mas não menos interessantes. Desde o “Prince of Travelers”, Hyacinthe, o seu primeiro verdadeiro companheiro, até Joscelin, protector que a acompanhará em grande parte da sua viagem, passando por Melisande, em quem nunca sabemos se devemos confiar. Toda a história se desenrola no meio de grandes mudanças políticas, com mistérios e segredos em segundo plano que poderão ter consequências catastróficas para toda a Terre d’Ange. Na minha opinião, é nesta complexidade deste Mundo que está a perfeição deste livro. Não se trata de um diário de simples aventuras mas sim do desenrolar de algo complexo e rico, onde cada cultura tem o seu devido lugar na história, onde temos tempo para as conhecer, para reflectir sobre o que nos torna diferentes de outros povos mas, e mais importante, o que nos liga a todos, o que partilhamos, como vemos o Mundo. Como relata a própria descrição do livro: “Set in a world of cunning poets, deadly courtiers, heroic traitors, and a truly Machiavellian villainess, this is a novel of grandeur, luxuriance, sacrifice, betrayal, and deeply laid conspiracies. (…) a massive tale about the violent death of an old age, and the birth of a new”. [Goodreads] Estando de novo a ler este livro, não posso deixar de o recomendar. Não se assustem com o tamanho nem com a complexidade da história. Invistam o vosso tempo em compreender a Phedre, o que a move, o que a assusta, o que ela fará em nome do que certo. E este livro relembra-nos: amar como quiseres tem de ser o caminho a seguir para um verdadeiro futuro. M.I.S. Imagem: "Kushiel's Dart", 24"x36" oil on panel, © 2013 Donato Giancola http://www.donatoart.com/gallery/kushielsdart.html |