Temos estado imersos na temática da ficção especulativa já faz 2 meses, nos livros que a representam, nos jogos que a animam, nos eventos que nos puxam cada vez mais para estes novos mundos.
Mas dei por mim a pensar: O que distingue cada uma das áreas existentes dentro do chapéu da ficção especulativa? Mais especificamente, quais são os livros que as marcam? E assim nasce esta rubrica de descobertas. E, em (clara) honra do Halloween, porque não começar com o género Horror?! Sou honesta, as minhas viagens pela literatura de horror têm sido escassas até ao momento, sou por vezes (e com isto quero dizer bastantes vezes) um pouco medricas para me aventurar, mas decidi que não há melhor forma de criar (mais) uma lista de leituras e de me auto-motivar do que me sentar a pesquisar. A palavra Horror é usualmente descrita como agitação, estremecimento, terror. A repulsão, o espectáculo que faz arrepiar (Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2013). Como o termo indica, a literatura de horror procura assustar os leitores, criando ambientes sinistros e, desta forma, é capaz de apelar a um dos nossos impulsos e sentimentos mais básicos: o medo. Pode ser vista como algo transversal dentro da temática da ficção especulativa, uma vez que pode conter elementos do sobrenatural ou representar diferentes universos. Aquilo que a define é, na sua essência, a capacidade de despertar em nós, enquanto leitores, imaginários e sensações de terror (para mim, uma manifestação clara destes sentimentos passa pela necessidade de dormir agarrada ao interruptor da luz do candeeiro da mesa de cabeceira). A história deste género da literatura é longa, baseada muitas vezes em tradições ancestrais. Por isso, a melhor forma de o ficar a conhecer melhor é passar da teoria à prática. Assim, vamos procurar 5 leituras imperdíveis (que obviamente não procuram representar não representam o todo…isso seria impossível): 1) Começando com um clássico – Frankestein, de Mary Shelley. Admito, não foi um livro que tenha conseguido ler na primeira tentativa, mas quando ganhei coragem e voltei a pegar-lhe foi uma experiência fantástica, a oportunidade de seguir os passos do famoso Dr. Frankestein e da sua mais famosa criação. 2) Um pouco mais recente (embora longe de ser uma novidade), está um livro que me arrepiou bastante – O Perfume, de Patrick Süskind. Um conto que liga algo tão elementar como o fabrico de um perfume a uma busca macabra pelo cheiro da pureza e perfeição, centrado numa personagem ela própria sem qualquer odor. 3) Mas, para muitos, o âmago do género de Horror está, não num livro em especifico, mas num nome – H.P. Lovecraft. Com um enorme leque de contos, talvez a sua mais conhecida criação centra-se em Cthulhu, uma colecção que explora tradições e seres sinistros num imaginário arrepiante. 4) E claro, não o podia deixar de fora – Edgar Allan Poe. Com escritos de enorme diversidade, é muito reconhecido pela sua poesia lírica, onde relata contos fantasmagóricos de terror e homicídio. 5) Para terminar, um exemplo muito português – A Sombra sobre Lisboa. Reunindo contributos de diversos autores nacionais (editado pela Saída de Emergência), e numa clara homenagem a H.P.Lovecraft, convida-nos a ir mais fundo no conhecimento sobre a história da nossa capital, através dos seus segredos mais sinistros e de criaturas assustadoras. Estes são apenas alguns nomes, que certamente me levarão a descobrir muitos outros. E espero que tenham ficado com mais vontade de usufruir esta noite de Halloween. E porque não aproveitar para trocar leituras aterrorizantes? M.I.S
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