Já faz um tempo que não partilho convosco aquela oportunidade imperdível no mundo diverso da literatura especulativa. Por isso mesmo, e para marcar o regresso desta rubrica direccionada para todos que, como eu, estão sempre em busca de novas possibilidades de leituras, trago um passatempo para os verdadeiros aventureiros. Promovida pela Saída de Emergência, Magazine.HD e Top FM chega-nos a oportunidade de receber um dos três exemplares do livro “Histórias de Aventureiros e Patifes”, uma leitura a não perder. Como indica a própria sinopse: “Há personagens malandras e sem escrúpulos cujo carisma e presença de espírito nos faz estimá-las mais do que devíamos. São patifes, mercenários e aldrabões com códigos de honra duvidosos mas que fazem de qualquer aventura uma delícia de ler.” Editado por George R.R. Martin, junta contos de autores como Gillian Flynn (autora de Em Parte Incerta), Neil Gaiman (Sandman), Patrick Rothfuss (O Nome do Vento, do qual já escrevemos uma crítica que poderás reler e partilhar aqui), Scott Lynch (As Mentiras de Locke Lamora), entre outros. Para entrares neste passatempo só tens de responder a duas simples questões e seguir os promotores no Facebook. Mas não demores muito tempo, o passatempo termina a 11 de Abril! Para estares a par de todos os detalhes, sabe mais na página oficial deste passatempo. Eu não vou deixar escapar esta oportunidade. E tu? M.I.S. Imagem: Edições Saída de Emergência
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The Princess Bride é apresentado pelo autor William Goldman como sendo a versão abrided, ou seja, uma versão alterada, contendo apenas as “partes boas”, de um livro anterior, neste caso de S. Morgensten. Só mais tarde, já quase no final do livro, é que vim a perceber que este S. Morgenstern é completamente inventado. Sim, é verdade, o único “Princess Bride” que existe é mesmo o de William Goldman, e esta versão é mesmo a versão completa, por muito bem que o autor a venda como sendo uma adaptação. Admito, isto passou-me completamente ao lado. Fiquei até mesmo zangada por não ter a oportunidade de escolher que versão do livro queria ler, se completa ou só com as boas partes. E mais, por todo o livro, o autor vai sempre interrompendo a história, a dar dicas do que estará para acontecer em seguida ou explicar o que o “autor original” tinha colocado como extra (segundo Goldman só seriam partes consideradas mais aborrecidas, como 72 páginas a descrever o treino necessário para ser uma princesa ou 25 páginas a descrever como se faz uma mala de viagem com toda a roupa e chapéus de uma pretendente). Mas mesmo sabendo que provavelmente morreria de aborrecimento com estas partes, a minha indignação não diminuiu, a decisão de ficar ou não aborrecida devia ser do leitor! (Aproveito aqui publicamente para pedir desculpa à minha irmã, que me ofereceu este livro e com quem refilei bastante. Afinal o erro é mesmo meu…). Mas, agora que já deixei a minha indignação de lado, percebo o que esta invenção e o facto de passar completamente despercebida significa: a qualidade extraordinária deste conto, que mesmo quando parece ser uma segunda versão de uma história, nos agarra independentemente disso. É uma história dentro de uma história e leva-nos numa viagem muito interessante. Por vezes entra no absurdo, com diálogos fantásticos e um ritmo alucinante! Começa com a apresentação de Buttercup, que poderá ser uma das mulheres mais bonitas deste Mundo (mas não desde o início, no início a mulher mais bonita é Annette, a criada francesa do Duque de Guiche). Conhecemos o farm boy, chamado Westley, que sempre lhe responde com um “As you wish”, o cruel príncipe Humperdinck e o Conde Rugen; o trio de ladrões Vizzini, Fezzik e o legendário Inigo Montoya (sim, esse mesmo, com a frase mais conhecida aliada a esta história – “Hello, my name is Inigo Montoya, you killed my father, prepare to die.”). Tem tudo desde duelos, amor verdadeiro, gigantes, vingança e ódio, monstros de todas as formas e feitios, perseguições, fugas, mentiras, milagres, personagens corajosas e cruéis… Enfim, a lista é interminável. Em geral, tal como o próprio William Goldman o apresenta, é um conto clássico de “true love and high adventure”. E por isso, mesmo depois de toda a minha revolta, recomendo vivamente este livro (e claro, seguidamente podem sempre ver o filme também). Tem um pouco de tudo, para todos os gostos. E embora possa demorar um pouco até nos habituarmos aos constantes comentários do autor, a viagem é inesquecível! M.I.S. Imagem: Denis Bettio, http://www.denisbettio.com/#/book-covers/ Pois é, já só falta exactamente uma semaninha para o nosso primeiro grande evento - Vault of the Dracolich, no LisboaCon 2016 - e queremos que estejas completamente preparado para esta mega aventura. Mas sozinho não irás lá, precisas de uma grande equipa...ou melhor, de várias equipas para derrotar este Dracolich. Só com a diversidade que deve existir dentro de cada equipa, com especialistas em diferentes áreas e conhecimento, é que será possível responder às situações que poderão estar à espreita em cada esquina. Por isso mesmo, e porque queremos que nesta última semana de preparação possam passar os olhos por alguns bons exemplos, mergulhei na minha biblioteca em busca dos "essemble cast" capazes de "kick-ass"!. Deixo-vos com aquelas que mais me marcaram e são, na minha opinião, as melhores: (mas estão à vontade para partilharem as vossas preferidas. Contamos com os vossos comentários!) 1) The Fellowship of the Ring, da trilogia O Senhor dos Anéis Uma equipa que parte com um mesmo objectivo... E com imensas divergências. Chega ao final tendo passado por perdas, separações e batalhas, onde cada um teve de enfrentar os seus próprios problemas e demónios sem ter o apoio de toda a equipa. Porém, lutaram sempre, cada um à sua maneira, para alcançar a meta, ficando uma das equipas mais próxima de sempre. 2) Dumbledore's Army, da Colecção Harry Potter Quem diria que um bando de miúdos poderia alguma vez fazer a diferença na batalha contra um dos melhores vilões de sempre? Aqui o número é que faz a força, quantos mais jovens feiticeiros se juntam mais capazes são de fazer a diferença. 3) O grupo de ladrões de Mistborn: The Final Empire Uma verdadeira equipa multifacetada, é na diversidade que está o sucesso desta equipa. Temos especialistas capazes de dominar todo o tipo de metais, num Mundo onde ser Mistborn (capaz de controlar todos os metais) é muito raro. Por isso, este é um exemplo claro de que nem sempre temos de ser capazes de fazer tudo, mas sim confiar nas capacidades dos restantes membros da equipa. Só assim conseguimos superar-nos. 4) Thorin and Company, do livro O Hobbit Treze anões e um hobbit partem em busca de derrotar um dragão. Aqui a vontade de regressar a casa é forte (mesmo que nem todos olhem na mesma direcção quando pensam na sua casa). E sim, à partida poderia estar destinada ao fracasso, com um "ousider" que parece nada trazer ao bem da equipa. Mas as aparências iludem e mesmo o mais pequeno de nós pode ter um papel central a desempenhar. Na preparação para partirem em busca de um grande vilão - o terrível Dracolich - que estas equipas, e o conhecimento que vos podem trazer, vos ajudem na vossa missão. Vemo-nos dia 12! M.I.S. |