Olá a tod@s! Bem, estava difícil para chegar, esta review… e infelizmente não pelas melhores razões (tipo tive de ler o livro três vezes de tão bom)... Não, demorou para chegar porque não consegui gostar desta história, por mais que me esforçasse por avançar de capítulo em capítulo. Começando pelo princípio, Boneshaker parece desenrolar-se em dois espaços distintos (dentro e fora do grande muro) mas que acabam por ter algumas parecenças: ambos são lugares onde não é fácil viver, com pessoas que têm de se adequar a essas circunstâncias difíceis. Com a Guerra civil Americana ainda a decorrer, a história retrata as consequências de uma invenção muito mal sucedida – the Incredible Bone-Shaking Drill Engine – do criador Leviticus Blue, que tentava arranjar uma forma inovadora de procurar ouro através do gelo. O livro começa já anos depois do desastre que destruiu a baixa de Seatle e desterrou um gás que pode transformar qualquer um em zombie, dando-nos a conhecer as personagens que iremos seguir ao longo de toda a história – a mulher de Leviticus, Briar, e o seu filho, Ezequiel (ou Zeke). Quando Zeke decide entrar na antiga baixa, agora fechada ao Mundo com uma muralha gigante, em busca de respostas sobre o que na verdade aconteceu ao seu pai, Briar parte para o resgatar do que quer que seja que existe do outro lado do grande muro. E aqui começa a verdadeira aventura, onde percebemos que a baixa da cidade não está tão devoluta quanto se poderia pensar. Quando li a descrição de “Boneshaker” pensei que tinha tudo para ser uma leitura muito interessante. No entanto, não consegui apaixonar-me pelas aventuras de Briar, com quem nunca senti qualquer conexão, nem de Zeke, a quem tudo parece correr da pior forma possível mas que nunca perde aquela postura de adolescente “eu sou o maior” (na verdade, o puto foi sempre muito irritante, a meu ver!). É verdade que algumas das personagens secundárias são muito interessantes, e é estimulante descobrir como uma cidade deixada para morrer conseguiu encontrar formas de sobreviver. Mas nada disto foi suficiente para me dar vontade de pegar no livro e ler até não conseguir mais. Para além das personagens principais, também o grande mistério em volta do grande “mau da fita” não trouxe nenhum aspecto de me deixar em pulgas pelo final, e esse fim do livro não veio mudar isso. Para terminar, e desculpem esta critica ser tão “downer”, aquilo que me levou a ler este livro – a vertente de Steampunk, que nunca tinha experimentado ler – também me deixou a desejar por mais. Steampunk para mim é algo muito visual, uma forma de mostrar tecnologia e modos de vida diferente do habitual. Porém, em Boneshaker, senti que faltava mais esse aspecto de grandiosidade das tecnologias, não sei se pela escrita ou se por simplesmente não estar a conseguir criar uma ligação ao Mundo apresentado. Depois de tudo isto, é importante referir que este livro foi nomeado tanto para um Prémio Hugo como Prémio Nebula, tendo sido o vencedor do Prémio PNBA e do Prémio Locus para melhor livro de ficção científica. Digo isto porque vale sempre a pena experimentar uma qualquer história e se houve quem mais tenha adorado, convido-vos a experimentar por vocês mesmos. Viajem até Seatle e formem a vossa própria opinião. Ficamos à espera do feedback! M.I.S. Imagem: Jon Foster: Boneshaker and sketches [Disponível aqui]
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