Hoje venho falar-vos de um jogo que foi uma grande surpresa no último natal, já que conquistou tanto jogadores habituais como não jogadores. E esse jogo é claro o 7 Wonders.
Apesar de ter bastantes regras o jogo não é muito complicado e maior parte das pessoas percebe como se joga, embora o desenvolvimento de estratégias dependa normalmente de um número maior de jogos. O objectivo do jogo é ganhar o maior número de pontos (sem surpresas). Como é que conseguimos isso? De várias maneiras que vos vou explicar mais à frente. Para já vou-vos falar do que constitui o jogo. Cada jogador tem uma das sete maravilhas da Antiguidade (representada por um pequeno tabuleiro rectangular), como por exemplo os Jardins suspensos de Babilónia, a Pirâmide de Gizé, o Colossos de Rhodes, etc. Neste tabuleiro podem encontrar dois tipos de informação: - No canto superior esquerdo vão encontrar a produção normal da vossa maravilha - Na parte de baixo do tabuleiro vão encontrar os custos e benefícios de construir os vários níveis da vossa maravilha. Maior parte das vezes estes terão a ver com ganhar pontos, mas podem também dar-vos habilidades especiais, ou recursos extra. Cada maravilha tem o seu conjunto de níveis, com benefícios e custos diferentes. Para além do tabuleiro existem três baralhos de cartas, que representam as diferentes eras do jogo. Cada baralho tem uma combinação de cartas diferentes e o tipo de cartas (e a sua abundância) varia entre cada baralho. Os vários tipos de cartas que existem nos baralhos representam diferentes tipos de construções que se podem fazer durante o jogo - Cartas de produção: podem ser de produção básica (cartas castanhas) ou produção avançada (cartas cinzentas). Representam os recursos que conseguem produzir todos os turnos. São a “fundação” do vosso jogo, mas convém olharem para as produções dos vossos vizinhos também, que é para poderem complementar as vossas produções e não investir desnecessariamente em recursos e perder as outras cartas. - Cartas de comércio: representam edifícios relacionado com troca ou dinheiro. São as cartas amarelas e permitem comprar recursos a preços mais baixos (podem sempre comprar recursos aos vossos vizinhos directos por 2 moedas, desde que eles produzem esse recurso) ou obter dinheiro ou pontos. - Cartas de monumentos: são cartas azuis, e só servem exclusivamente para obter pontos. - Cartas de guerra: são cartas vermelhas e dão pontos de guerra, que são utilizados no final de cada era para ver quem ganha as batalhas. - Cartas de ciência: são cartas verdes, podem ter três símbolos diferentes, diferentes combinações dão pontos no final do jogo. - Cartas de guilda: são cartas roxas, só aparecem na terceira era e dão pontos, mas dependem de por exemplo: número de cartas vermelhas do vizinho, ou número de cartas castanhas, cinzentas e azuis que temos, etc. As várias cartas podem ter ou não um custo (que está representado no canto superior esquerdo). Podem também não custar nada se tiverem um determinado edifício construído, se esse for o caso vêm o nome do edifício que precisam de ter construído para terem a carta de borla. Uma coisa importante, não se pode ter edifícios repetidos. A maneira como se processa o jogo é relativamente simples: - Cada pessoa recebe 7 cartas, escolhe uma para jogar e passa as seguintes para a esquerda (direita na segunda era e esquerda outra vez na terceira era) - Depois de toda a gente escolher, ao mesmo tempo as pessoas jogam a carta. Podem fazer uma de três coisas: - construir o edifício correspondente à carta, pagando o seu custo - descartar a carta para obter 3 moedas - colocar a carta debaixo do nível que querem construir e pagar o custo respectivo de construir esse nível - Repete-se estes passos até toda a gente ficar só com duas cartas, nesse caso escolhem uma carta para jogar e descartam a última. Quando isso acontece acaba a era. - Quando acaba a era tem que se ver quem vence a guerra. Isto é bastante simples, é só comparar o número de pontos de guerra com os vizinhos directos (à esquerda e direita). Quem ganhar a guerra ganha 1 ponto (3 na 2a era, 5 na 3º era), quem perde, perde 1 ponto. Empates não valem nada. Depois é repetir os pontos acima com os baralhos da 2a e 3a era. No final é só contar os pontos, seguindo o bloco de notas e ver quem é o vencedor. Parece muita coisa, mas na verdade não é. Até é bastante intuitivo e até agora todos os que jogaram connosco conseguiram rapidamente entrar no ritmo. É um jogo bastante rápido, com pessoas experientes é cerca de 30min. A parte mais difícil de assimilar é a estratégia, e é giro porque existem uma série de maneiras diferentes para ganhar que dependem da maravilha e do conjunto de cartas. E pronto, espero que tenham ficado com vontade de experimentar! Se quiserem que fale de algum jogo em particular ou tenham ideias para jogos novos para experimentar não hesitem em comentar este post ou falarem connosco no grupo do Especulatório. Até para a semana, IF Imagem por Sonja Pieper
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Maio 2016
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