Olá a todos,
Para hoje escolhi um tópico que me levou à descoberta de vários dos meus jogos preferidos e até posso dizer que indirectamente começou a minha paixão por arranjar e experimentar jogos de tabuleiro... Estou a falar de Prémios para Jogos de Tabuleiro. No meu caso em particular foram os Prémios Spiel des Jahres que me levaram até à minha primeira paixão por jogos (tirando o Risco): o Settlers of Catan. No meu caso, os meus tios acharam piada ao jogo e como o jogo tinha recebido um prémio, compraram-no. Depois disso é claro que não parávamos de jogar Catan e foi assim que as minhas aventuras de jogos de tabuleiro (para além dos normais jogos de tabuleiro como o monopólio) começaram. Existem vários prémios distribuídos anualmente para os melhores jogos. • Games (revista) • Golden Geek Award • Spiel des Jahres o Kennerspiel des Jahres o Kinderspiel des Jahres • Deutscher Spiele Preis • As d'Or / Golden Ace • Mensa A maior parte destes prémios são alemães e o mais antigo é o Spiel des Jahres que começou em 1979. Há um único prémio especificamente para crianças, que é o Kinderspiel des Jahres, que também faz parte do Spiel des Jahres. Um dos mais importantes é o Deutscher Spiele Preis que é entregue todos os anos desde 1990 em Essen, na maior feira de jogos Europeia. Maior parte dos votos vêm de pessoas da indústria dos jogos de tabuleiro, revistas, profissionais (designers ou criadores) e clubes de jogos. Alguns dos nomes que ganharam este prémio foram: Settlers of Catan, Carcassone, Puerto Rico, Agricola, 7 Wonders, Village, Dominion.... Curiosamente, uma das minhas fontes preferidas sobre jogos de tabuleiro – o Boardgame geek – atribui também prémios todos os anos (o Golden Geek Award), usando os votos da comunidade online. O Golden Geek Award e o prémio As d'Or / Golden Ace são os prémios mais recentes, tendo um começado em 2006 e outro em 2015. Será que acho que estes prémios são importantes para nós? Será que vale apena confiar cegamente nesta lista como fonte de jogos a experimentar? Quanto à primeira pergunta, acho que sim, que estes prémios são importantes para a comunidade de jogadores de tabuleiro e para os criadores e designers. É um reconhecimento merecido de que os jogos de tabuleiro são uma forma de entretinimento tão válida como outra qualquer e que é preciso skills e dedicação para que estes tenham boa qualidade. Não é qualquer jogo que ganha um destes prémios. Quanto à segunda pergunta, apesar de, em regra geral, não dar muita importância a prémios e coisas deste género, tenho de reconhecer que muitos dos jogos que estão nas várias listas de prémios, são dos meus jogos preferidos.... Acho que eventualmente vou experimentar todos os jogos que estão naquelas listas, mas 1) não lhes dou prioridade para serem experimentados; 2) isso não me impede de escolher outros jogos, experimentá-los e apaixonar-me por eles como me apaixonei pelos outros! O que é que vocês acham? Já experimentaram jogos que tenham sido premiados? Digam-me no fórum ou comentem este post! E pronto, por hoje é tudo! Até para a semana, IF Imagem por François Philipp in Flickr
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Boas pessoal! Bem vindos à nova rúbrica "GM's Corner"! Nesta rúbrica, iremos apresentar ideias para as vossas campanhas, responder a perguntas que queiram colocar e outros assuntos sobre ser um GM. Para começar, vamos falar do mais importante que há sobre ser-se GM: conhecer os nossos jogadores. Robin D. Laws disse, no seu livro "Robin's Laws of Good Game Mastering", que existem seis tipos de jogador. Nós vamos falar um pouco desses seis tipos bem como introduzir um sétimo tipo, normalmente esquecido. Sem mais demoras... O Power Gamer O Power Gamer quer que o seu personagem seja o melhor. Não interessa se é ser o melhor a usar uma espada, lançar feitiços, desarmar armadilhas ou até os três ao mesmo tempo, o Power Gamer quer sempre mais. Ele vê a sua personagem como uma abstracção, uma colecção de poderes e habilidades optimizados para lidar com qualquer obstáculo que o GM lhe possa por á frente. Tende a tomar especial atenção ás regras e procura maneiras de torcê-las a seu favor para obter grandes benefícios com pouco custo. O que o Power Gamer quer é simples: quer que o GM ponha o "Game" em "Roleplaying Game". Para agradar a este tipo de jogador, o GM deve dar-lhe oportunidades para adicionar novas habilidades á sua personagem - quer abrindo novas opções durante a criação de personagem como subindo rapidamente de nível - e também oportunidades para usar essas habilidades. O Butt-Kicker O Butt-Kicker, tal como o nome indica, quer combater. Depois de um dia longo nas aulas ou no trabalho, o Butt-Kicker apenas quer relaxar e esmagar os crânios de alguns orcs. Este tipo de jogador tende a escolher personagens simples e prontas para combate, quer seja a maneira mais eficaz de combater ou não. Desde que possa bater em coisas, tanto pode tornar a sua personagem numa máquina de destruição em massa ou ser indiferente às regras e construir uma personagem não optimizada. Para agradar ao Butt-Kicker, o GM deve incluir bastante combate nas suas aventuras, especialmente se o combate for cinemático. O Butt-Kicker adora "nadar" pelo meio de oponentes mais fracos, esmagando inimigo atrás de inimigo com um único ataque, mostrando a sua superioridade. O Estratega O Estratega é normalmente alguém que gosta de conceitos militares, quer tenha estado ele próprio no exército, quer tenha apenas uma paixão por cenários de guerra, moderna ou medieval. Este tipo de jogador gosta de oportunidades para pensar em tácticas para vencer obstáculos, normalmente em cenários de combates complexos. Para ele as regras devem semelhantes á sua realidade - normalmente mais em termos de física - ou que sejam pelo menos consistentes dentro do mundo em que se inserem. Deste modo a táctica que se aplica será o factor mais determinante sobre o sucesso ou fracasso de uma determinada acção. Fica bastante irritado quando um jogador faz algo que encaixa com a personalidade da sua personagem mas que é tacticamente absurda. Para agradar ao Estratega, o GM deve apresentar obstáculos complexos mas que possam ser resolvidos usando boas tácticas ou lógica. O Especialista O Especialista joga sempre o mesmo tipo de personagem, independentemente da campanha, do mundo, ou mesmo do rule-set. A quem jogue sempre de guerreiro - seja de Fighter, Barbarian, entre outros - outros jogam sempre de mago - Wizard, Sorcerer, seja o que for que faça magia. O Especialista quer que as regras suportem o seu tipo de personagem preferido mas, tirando isso, costuma ser indiferente ás regras do jogo. Para agradar ao Especialista, o GM deve apresentar cenários em que a personagem do Especialista possa fazer exactamente aquilo para que a sua personagem serve. O Actor O Actor acredita que Roleplaying é um meio para expressão pessoal e identifica-se fortemente com a personagem com que joga. Pode também acreditar que é criativamente importante criar personagens radicalmente diferentes sempre que cria uma nova personagem. O Actor baseia as suas decisões no seu conhecimento da psicologia da sua personagem e pode entrar em conflito com os outros jogadores se as suas decisões forem contra algumas regras ou contra o objectivo maior. Falando de regras, ele normalmente vê as regras como um mal necessário e prefere aquelas sessões onde os dados nem saiem do saco. Para agradar ao Actor, o GM deve apresentar situações que testam a personalidade da personagem ou oportunidades para a personagem crescer e evoluir como personagem e não só em nível de jogo. O Storyteller O Storyteller, como o Actor, é mais inclinado para Roleplaying do que para Roll-playing. Mas, ao contrário do actor, ele está mais interessado em participar numa narrativa interessante (que parece mais um livro ou filme), do que identificar-se perfeitamente com a sua personagem. O Storyteller chega rapidamente a compromissos se isso fizer a história avançar e pode aborrecer-se se o jogo abrandar durante uma longa sessão de planeamento. Para agradar ao Storyteller, o GM deve de introduzir, desenvolver e resolver elementos de história, e manter a acçãoo a mover-se para a frente, como um bom realizador. O Casual Normalmente esquecido nas discussões sobre tipos de jogadores, o Casual está em praticamente todos os grupos. Eles tendem a ser tímidos e a evitar serem o centro das atenções, mesmo em grupos pequenos que conhecem bem. Normalmente, eles juntam-se ao grupo para estar com o pessoal e só jogam porque foi isso que toda a gente decidiu fazer. Apesar de serem elusivos, são dos mais importantes, já que enchem a party, ajudando a completar as funções em falta, especialmente em jogos que existe uma dependência grande das funções de cada personagem. Normalmente são calmos e relaxados e agem como moderadores que mantêm as pessoas mais assertivas na linha. Agradar ao Casual é fácil. Eles não querem ter que aprender regras complexas, nem querem desenvolver histórias para as suas personagens. Eles querem estar com o grupo e, para isso, basta o GM ter paciência para ajudar quando é a vez deles jogarem e já está! Podem estar a pensar que não se incluem em nenhuma categoria, que não são tão concentrados em ganhar como o Power Gamer, nem tão desligados das regras como o Actor, mas, na verdade, todos nós somos uma colecção de dois ou mais destes tipos. Pessoalmente, eu sou uma parte Power Gamer, uma parte Estratega e uma parte Storyteller. Para os GMs que aqui andam, deixo um desafio. Olhem para a vossa party mais regular e analisem cada jogador. Estão a dar a esse jogador o que ele quer? Meio caminho para se ser um bom GM é conseguir ler os nossos jogadores. É tudo por esta semana. Venham falar connosco nos comentários ou nos forums e contem-nos que tipo de jogador vocês são! Até prá semana C.A. Image by Moroboshi (Own work) [CC BY-SA 3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)], via Wikimedia Commons Esta rúbrica é para vos dar a conhecer alguns projectos que me chamaram mais atenção no Kickstarter, e tenho de vos dizer que para poder escrever este post fiz algo muito perigoso, fui ao Kickstarter ver jogos de tabuleiro…
Mas pronto, está feito e eu resisti a comprar jogos (yey!) e por isso venho falar-vos de hoje de um jogo que já está financiado, mas que me chamou a atenção. E esse jogo é o Burgle Bros. Conhecem o Ocean’s Eleven? Sabem como eles conseguiram fazer o impossível e roubar o casino? Bem só têm de imaginar que são o George Clooney e que têm uma equipa de até 3 companheiros para conseguirem dar o golpe que vos vai deixar ricos. Este jogo tem várias componentes engraçadas (a meu ver): - é um jogo cooperativo - o cenário dos golpes está sempre a mudar devido ao tabuleiro dinâmico - existe um plano, mas o plano nunca dá certo e as pessoas têm de se adaptar às coisas que não dão certo e arranjar novos planos (o que é sempre giro) - os guardas são previsíveis até certo ponto, mas há várias coisas que podem fazê-los imprevisíveis (ehehehe) - a existência de eventos pode dificultar ou ajudar nos golpes - temos de pensar 3D, já que existem 3 níveis e para cada nível temos de conseguir encontrar o cofre e abri-lo sem que o guarda dê por nós. - o jogo não acaba depois de abrirmos o último cofre, temos de conseguir fugir até ao telhado, com os guardas já aos nossos calcanhares. Sem jogar o ponto mais fraco deste jogo é o facto de vir dos USA, e isso quer dizer que os portes são quase tão caros como o jogo.... E pronto, se estiverem curiosos podem sempre ver mais aqui: https://www.kickstarter.com/projects/fowers/burgle-bros-a-cooperative-heist-boardgame/description Até para a semana! IF Image by Tim Fowers on Kickstarter Olá a todos e bem vindos ao primeiro post da rúbrica, Vamos falar de… (Agora um pequeno parêntesis sobre esta rúbrica... O objectivo é simples, uma vez por mês – pelo menos – pretendo olhar mais a fundo sobre um jogo que já tenha jogado, explicar resumidamente as regras, dizer-vos sobre as minhas experiências com ele, com quem é que achei que resultou melhor jogar, em que situações, etc... O objectivo geral é vocês ficarem com uma ideia do jogo e talvez, quem sabe, depois vos aguce o apetite para o jogarem! E pronto! fecha parêntesis). Ok, então vamos a isto! Hoje vamos dar uma vista de olhos pelo jogo dos Feijões, que se chama oficialmente “Bohnanza - To bean or not to bean!” Este jogo parece inicialmente relativamente simples e directo. Ganhamos moedas (cada moeda corresponde a um ponto no final do jogo) por plantarmos e colhermos um determinado número de feijões. No início do jogo cada jogador tem disponível 2 campos onde plantar os feijões (podendo comprar um terceiro eventualmente). Na fotografia está um exemplo de uma das cartas que podem encontrar no jogo. Este exemplo é de um Wax bean e a informação que podem extrair da carta é o número de feijões que existem em jogo (neste caso 22) e em baixo está o número de feijões que precisam de colher para obter 1, 2, 3 ou 4 moedas (neste caso específico, precisariam de 4, 7, 9 ou 11 feijões deste tipo). Vou explicar-vos resumidamente como é que o jogo se processa: - Baralha-se todas as cartas dos feijões e dá-se 5 cartas a cada jogador. Os jogadores podem olhar para as suas cartas, mas não podem mexer na ordem das cartas! - Fase 1 : O jogador activo vai ter de plantar a primeira carta da sua mão (é aleatório). - Fase 2: Depois revela as duas cartas do topo do baralho, e pode trocá-las com os jogadores. Nesta fase todos os jogadores podem trocar feijões da sua mão com o jogador activo. - Fase 3: Todos os jogadores plantam os feijões que trocaram nesta fase e o jogador activo planta também as cartas que revelou na fase 2 (que não tenham sido trocadas). - Fase 4: No fim compra três cartas que põe no fim das cartas da sua mão. Sempre que um jogador não tenha espaço para plantar feijões é obrigado a recolher os feijões de um dos campos (à sua escolha), quer consiga moedas ou não. O jogo acaba quando se der a volta ao baralho 3 vezes. Parece simples não é? Mas não é assim tão fácil arranjar uma estratégia fixa para ganhar. Depende muito de quem está a jogar. Este jogo tem duas particularidades muito interessantes: é um jogo de cartas, onde não se pode rearranjar a mão, o que é algo relativamente raro. A segunda particularidade é que existe uma forte componente social, já que a fase 2 do jogo é troca de feijões. Esta fase é crucial porque as pessoas podem controlar como é que a mão delas vai ficar, já que podem trocar feijões da mão, permitindo tirar feijões que não servem de nada e arranjar novos (já plantados) que combinem com a mão que tem. Na minha experiência este é um jogo para todas as idades, de fácil aprendizagem e devido ao elevado número de jogadores que permite (de 2 a 7) é bom para grupos grandes. Devido à dinâmica do jogo, existem poucos momentos mortos, o que é bom, mas se houver pessoas que se favoreçam no jogo (por exemplo casais ou irmãos) a coisa pode ficar mais chata... Não é um jogo muito longo (embora dependa, claro, do número de jogadores). Normalmente 20 a 30 minutos chega para um jogo com 4 pessoas! Recomendo vivamente para pessoas que não joguem muitos jogos de tabuleiro, tanto como iniciação, como para os jogadores esporádicos. Apesar de que na nossa família e círculo de amigos toda a gente conhece relativamente bem jogos de tabuleiro, os Feijões são sempre um clássico divertido e fácil! Se tiverem dúvidas, ou quiserem falar mais sobre este jogo, deixem um comentário ou falem connosco nos fóruns! Até para a semana IF Boas pessoal! Hoje vou falar um pouco sobre uma maneira muito particular de jogar RPG da qual faço parte há 6 anos. Vamos falar de play-by-post! O que é isso de play-by-post afinal? Ora, o play-by-post - abreviado para pbp - encontra as suas origens nos anos 80, nos bulletin boards das principais universidades dos EUA. Este sistema permitia, já desde essa altura, jogar RPGs assincronamente. Com o aparecimento do IRC e outros serviços de chat, este sistema caiu um pouco em desuso, pois os seus utilizadores preferiam, apesar de continuar a utilizar a então primitiva internet, jogar em tempo real em vez de assincronamente. Quando começaram a aparecer os forums, a popularidade do pbp começou novamente a aumentar, tendo atingido o seu pico no inicio dos anos 2000, voltando a perder alguns seguidores para os MMORPGs. Eu também sei ir à wikipedia à procura de informações. E isto não me explica o que é de facto o pbp! Calma. Estava a chegar lá. Hoje em dia, pbp é jogado principalmente em fóruns, como já falei acima. Há uma maneira de podermos jogar com os nossos amigos sem termos de nos juntar todos ou de jogar com pessoas de todo o mundo sem sair do teclado. Alguns fóruns já estabelecidos têm algumas ferramentas para ajudar a isto e, o que eu conheço melhor, o myth-weavers, é um dos mais completos que aí anda. Para além de suportar múltiplos sistemas de RPG, tem um hosting de character sheets próprio, e ainda possui maneira de adicionarmos os rolls aos nossos posts para o GM ver de facto que valor rolámos e que não o estamos a tentar enganar. O myth-weavers tem uma base de mais de 11000 jogadores activos, mais de 1000 jogos a decorrer e com anúncios de GMs à procura de jogadores para novos jogos todos os dias. Ok, isso é de facto interessante. Mas o que é que eu ganho em jogar pbp versus jogar em tempo real? Umas das minhas coisas preferidas no pbp é a facilidade de fazer roleplay, de de facto entrar na nossa personagem e pensar, agir e falar como ela. A maior parte dos jogadores fica constrangido de fazer roleplay com pessoas que não conhece, até mesmo com os amigos. Mas em pbp, com o tempo de espera entre posts de jogadores (há jogos em que as pessoas apenas criam um post por dia), temos tempo de pensar o que queremos dizer, como o queremos dizer. Somos encorajados a escrever e descrever o que a nossa personagem diz e faz, muito mais do que numa mesa. Por exemplo, numa mesa eu digo simplesmente que vou atacar a criatura X com a minha espada, rolo os dados e o GM diz-me se acertei ou não. Em pbp, posso dizer que o meu guerreiro desembainha a espada e carrega sobre o orc, um grito de guerra ancestral a sair dos seus pulmões. Ao chegar ao pé do orc, ele ataca-o com um golpe de cima a baixo com toda a força que tem. Rolo os dados, se calhar até faço um critical hit, e o DM responde que o meu ataque certeiro e poderoso faz um enorme corte no orc, do seu ombro esquerdo até à sua coxa direita. Cambaleando, o orc cai por terra, esvaindo-se em sangue, enquanto os seus companheiros rugem desafiadoramente, prometendo vingança pelo seu companheiro caído. Fantástico, não é? Se quiserem saber mais sobre esta maneira de jogar, comentem neste post, vão até aos nossos fóruns ou juntem-se a mim no myth-weavers. Se lá forem, mandem uma mensagem ao SharkAttack, que sou eu! Até para a semana pessoal! C.A. Image by Carsten Tolkmit on Flickr Este é o nome que provavelmente vai mudar a maneira como jogamos jogos de tabuleiro.
Um projecto no Kickstarter começado a 24 de Agosto de 2015, que já conta com 1,367 backers, $66.277 pledged (de um total de $20.000) e ainda com 14 dias para acabar, Tabletopia propõe-se a ser o Kindle ou o iTunes dos jogos de tabuleiro. Para nós (os jogadores), Tabletopia oferece uma mesa virtual, com algumas regras implementadas (turnos, fases, distribuição de cartas, entre outros) que são completamente agnósticas e comuns á maioria dos jogos de tabuleiro. Combinando isto com uma biblioteca de mais de 100 jogos a partir da data de lançamento (e com a promessa de muitos mais), Tabletopia parece ser uma ferramenta indispensável para podermos experimentar aquele jogo novo, jogar com aquele amigo que está no estrangeiro, ou mesmo, quando estamos nós longe e sem ninguém com quem jogar, podermos ligar-nos aos nossos amigos ou fazer novos amigos através de jogos públicos. Mas Tabletopia é muito mais, especialmente para os Game Developers, sejam eles de grandes empresas como a Fantasy Flight Games ou a Mayfair Games, ou amadores a lançar o seu primeiro jogo. Tabletopia oferece uma ferramenta para os Game Developers implementarem os seus jogos e os partilharem com o mundo. Porém, uma duvida surge com a aparição do Tabletopia. Será isto a morte do analógico? Vem o digital, como em tantos outros meios, dominar esta área e tirar-lhe a sua alma? Como jogadora, nada bate um jogo de tabuleiro à volta de uma mesa com uma boa companhia. E não esquecer que há jogos que nunca serão jogados através desta plataforma como por exemplo os Lobisomens da Aldeia Velha, ou o Dixit. A componente social é demasiado forte e é necessário a interacção entre as pessoas para os jogos correrem bem. E não se esqueçam que tudo isto vem com um preço associado e logo isso pode demover muita gente de utilizar... Na minha opinião o Tabletopia terá três tipos de utilidades distintas que serão aquelas que provavelmente terão mais aderência: - Promover a criação de jogos de tabuleiro. Vai ser mais fácil planear, testar com amigos e promover o jogo de modo a conseguir uma base de compradores para a versão física. Confesso que esta é a ideia que mais me apela, visto que gostava de criar jogos de tabuleiro! Esta plataforma elimina maior parte dos problemas de criar peças e afins, além de que dá para fazer play-testing muito mais facilmente! - Permitir contacto com amigos que estejam longe, mas tal qual nós precisam de uma boa dose de jogos semanal para manter a sanidade mental :) - Sabes aquele jogo que não tens, mas gostavas de ter, mas não tens a certeza que é giro? Podemos sempre ir experimentar no Tabletopia! E vocês o que acham? Vêm a chegada deste novo mundo com horror? Ou com um brilhozinho nos olhos? Escrevam em comentário ou postem nos fórums! Até para a semana! I.F. "In the beginner's mind there are many possibilities, but in the expert's mind there are few." - Shunryu Suzuki Boas pessoal! Este é o primeiro post de uma rubrica, a Character Workshop, que vamos ter aqui nos jogos uma vez por mês. A premissa é simples: eu escolho uma personagem de ficção (de jogos, livros, filmes, comics, etc) e tento construir uma versão o mais aproximada possível dela para RPG (em principio Pathfinder, pois é o ruleset que conheço melhor, mas podem aparecer noutros rulesets também). Para começar, vamos construir uma personagem da série Avatar: the Last Airbender. Ora, para começar, escolham como classe o Kineticist, escolham o elemento apropriado e já está! Até prá semana! C.A. Ok, pronto, eu faço uma a sério. Não tenho culpa de o Kineticist ser tão obviamente baseado nos Benders do Avatar! Vamos começar com uma das minhas personagens preferidas de sempre: Eddie Riggs do jogo Brütal Legend! Para quem não conhece, Eddie Riggs é o melhor roadie de sempre que, depois de um acidente em palco, vai parar a um mundo de fantasia onde tudo revolve á volta do metal. Lá, ele lidera uma revolução, aprende a combater com um machado enorme, faz magia através da sua guitarra Clementine e até se transforma num demónio (spoiler alert). Vamos começar por destilar as bases do Eddie Riggs. Raça: Claramente humano. Classe: Inicialmente pensei no Skald, mas dado a que uma das armas do arsenal do Eddie é lightning, o bardo tem um arquétipo extremamente interessante, o Thundercaller, que troca algumas coisas mais para fora do combate por habilidades de dano, incluindo Call Lightning, que é um dos principais efeitos dele tocar a Clementine. Multiclass: Vamos usar a variante de multiclass de Pathfinder Unchained para ganhar algumas habilidades de sorcerer, nomeadamente a Abyssal bloodline (variante Brutal) para dar ao Eddie o aspecto demoníaco dele. Ora, vamos às habilidades em si. Nível 1–7 Classes: Bard (Thundercaller) 7 - Sorcerer 2 Feats: Weapon Proficiency (Greataxe) (1º), Quick Draw (Bonus Humano), Brutal Bloodline - Claws (3º), Weapon Focus: Greataxe (5º), Brutal Bloodline - Demon Resistances (7º) Habilidades relevantes: Bardic Performance, Thunder Call, Incite Rage Cantrips: Flare, Spark, Summon Instrument, 3 outros Spells Nível 1: Chord of Shards, Flare Burst, Grease, Jury-Rig, Summon Monster I Spells Nível 2: Pyrotechnics, Rage, Sound Burst, Summon Monster II Spells Nível 3: Phantom Steed, Summon Monster III Bem... o Eddie tem mesmo falta de feats. Weapon Focus em nível 5? Damn... A feat Quick Draw no entanto serve para podermos rapidamente trocar entre a guitarra e o greataxe sem problemas. A habilidade principal que nos interessa é a bardic performance. É ela que incita os companheiros ao combate e nos dá acesso ao Thunder Call, que nos permite fazer Sound Burst só porque sim a cada ronda de Bardic Performance. Incite Rage simula bastante bem o nascer de uma mosh pit. Nos spells, escolhemos praticamente tudo o que dá dano, os summon monster para simular o solo "Call of the Wild", Grease + Spark para simular o solo "Facemelter", Phantom Steed para simular o Deuce, o carro do Eddie, e Jury-Rig apenas porque o Eddie é naturalmente habilidoso a reparar coisas. Nível 8-14 Classes: Bard (Thundercaller) 14 - Sorcerer 3 Feats: Weapon Proficiency (Greataxe) (1º), Quick Draw (Bonus Humano), Brutal Bloodline - Claws (3º), Weapon Focus: Greataxe (5º), Brutal Bloodline - Demon Resistances (7º), Vital Strike (9º), Power Attack (11º), Devastating Strike (13º) Habilidades relevantes: Bardic Performance, Thunder Call, Incite Rage, Call Lightning, Call Lightning Storm Cantrips: Flare, Spark, Summon Instrument, 3 outros Spells Nível 1: Chord of Shards, Flare Burst, Grease, Jury-Rig, Summon Monster I, 1 outro Spells Nível 2: Pyrotechnics, Rage, Sound Burst, Summon Monster II, 2 outros Spells Nível 3: Exquisite Accompaniment, Phantom Steed, Summon Monster III, Thundering Drums, 1 outro Spells Nível 4: Discordant Blast, Shout, Summon Monster IV, Virtuoso Performance Spells Nível 5: Deafening Song Bolt, Song of Discord, Summon Monster V Finalmente temos Call Lightning e Call Lightning Storm! Com a ajuda do Exquisite Accompaniment podemos continuar a fazer relâmpagos choverem do céu e continuar a atacar e com o Virtuoso Performance podemos fazer Call Lightning e Call Lightning Storm aos mesmo tempo. Agora o Eddie tem tudo o que precisa para fritar os seus oponentes. Continuamos a escolher todos os spells de dano que conseguimos, bem como os Summon Monster e spells que ajudem a Bardic Performance. Nível 15-20+ Classes: Bard (Thundercaller) 20 - Sorcerer 5 Feats: Weapon Proficiency (Greataxe) (1º), Quick Draw (Bonus Humano), Brutal Bloodline - Claws (3º), Weapon Focus: Greataxe (5º), Brutal Bloodline - Demon Resistances (7º), Vital Strike (9º), Brutal Bloodline - Power Attack (11º), Devastating Strike (13º), Brutal Bloodline - Wings of the Abyss (15º), Improved Vital Strike (17º), Brutal Bloodline - Added Summonings (19º) Habilidades relevantes: Bardic Performance, Thunder Call, Incite Rage, Call Lightning, Call Lightning Storm, Deadly Performance Cantrips: Flare, Spark, Summon Instrument, 3 outros Spells Nível 1: Chord of Shards, Flare Burst, Grease, Jury-Rig, Summon Monster I, 1 outro Spells Nível 2: Pyrotechnics, Rage, Sound Burst, Summon Monster II, 2 outros Spells Nível 3: Exquisite Accompaniment, Phantom Steed, Summon Monster III, Thundering Drums, 2 outros Spells Nível 4: Discordant Blast, Shout, Summon Monster IV, Virtuoso Performance, 2 outros Spells Nível 5: Greater Bladed Dash, Deafening Song Bolt, Song of Discord, Summon Infernal Host, Summon Monster V, 1 outro Spells Nível 6: Deadly Finale, Greater Shout, Summon Monster VI, 2 outros Com a entrada em nível 15 do Wings of the Abyss, conseguimos simular a forma demoníaca do Eddie. Em nível 19 ele ganha também Added Summonings, permitindo-lhe trazes mais amigos com os Summon Monster. Em spells, a conversa é a mesma: Spells de dano, Summon Monster e spells que ajudem a performance. A habilidade de nivel 20 também é relevante, permitindo ao Eddie matar um inimigo por ronda de performance, uma versão fraquinha do verdadeiro "Facemelter", que é demasiado bom para alguma vez ser emulado em Pathfinder. Considerações Finais Não vou entrar em detalhe nos items mágicos, porque senão não vamos sair daqui! De qualquer maneira, podem querer olhar para a variante Masterpieces do bardo para, com a ajuda do vosso DM, melhor emular os solos do Eddie Riggs. É tudo por esta semana. Se tiverem sugestões de que personagem querem ver a seguir nesta workshop, venham até ao forum ou comentem neste post. Até prá semana C.A. Image by Colony of Gamers on Flickr Pensem no vosso dia ideal. Imaginem-no como se o tivessem a viver neste preciso momento.
Já está? Boa! Podem contar-nos sobre ele nos fórums ou nos comentários! Para nós, o dia ideal envolve de certeza jogos, sejam eles de tabuleiro ou Role-Playing Games ou mesmo videojogos. A complexidade varia com a companhia, ou com o humor… Mas onde se está mesmo bem, é à volta de uma mesa com uma bebida fresquinha e com um jogo à frente. E é por causa disso que estamos aqui, no fim de contas. Para partilhar as nossas experiências e conhecimentos, para dar opiniões e para aprender convosco. Não se acanhem! Digam-nos do querem falar, das curiosidades que têm. De nós podem esperar opiniões sobre jogos de tabuleiro e RPG's, “truques e dicas” (como naquelas clássicas revistas de videojogos) e outras divagações de dois fãs de jogos de tabuleiro e RPG's! C.A. e I.F. Image by JIP (Own work) [CC BY-SA 3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)], via Wikimedia Commons |
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