Esta semana venho falar-vos de dois jogos que despertaram o meu interesse no kickstarter. Curiosamente são dois jogos com mecânicas, complexidades e durações completamente diferentes: Draconis Invasion e Simurgh.
O Draconis Invasion é um jogo de cartas em que vamos construindo o baralho ao longo do jogo (faz lembrar Dominion), mas temos também a hipótese de combater com os invasores que estão a tentar tomar conta do nosso reino. O jogo é relativamente simples. O objectivo é ser o jogador com maior número de pontos de glória. Como é que fazemos isso? Matando invasores, jogando cartas de acção e completando campanhas(pequenas missões alternativas). Toda a gente começa com um número especifico de ouro e de defensores (que são utilizados para combater os invasores). Durante o turno de cada jogador pode fazer duas acções. A primeira acção é sempre jogar uma carta de acção (caso a tenha na mão). Na segunda acção o jogador pode escolher fazer uma de 3 coisas: comprar cartas novas de defensores, acções ou mesmo ouro, combater os invasores (com os defensores que tenham na mão) ou comprar cartas de campanha. Dois pormenores interessantes: os invasores podem ter dois níveis de dificuldade e os jogadores podem ir escolhendo quais é que enfrentam. Quando os invasores são derrotados são substituídos por outros, que quando entram podem dar ao jogador cartas de terror. Estas cartas de terror vão para o baralho do jogador e passam a fazer parte dele. Para além de terem o efeito nocivo de ocupar a mão do jogador estas cartas vão despoletar eventos, que maior parte das vezes são maus para os jogadores todos! Gosto particularmente desta mecânica porque em termos de flavor corresponde a “acabámos de matar um gajo bué grande, oh não ai vem um pior!” Parece ser muito giro e relativamente rápido de jogar e está já completamente funded no kickstarter se quiserem dar uma olhada podem ir aqui Quanto ao Simurgh, este jogo é mais complexo, apesar de claramente ser um jogo em que o jogador também constrói o “ambiente do jogo”. O objectivo é ganhar o maior número de pontos de vitória. Como? Explorando zonas de “wilderness”, completando objectivos, e tendo recursos! Todos os jogadores começam com uma carta de dragão que correspondem ao “Dragão da família” que lhe dá poderes especiais. Antes do jogo começar os jogadores fazem draft de 3 cartas que correspondem às cartas iniciais de “wilderness” que podem explorar. Em cada turno cada jogador só pode fazer uma acção que é por um boneco numa casa de acção ou retirar bonecos de casas de acção. No entanto podem fazer várias acções livres, que correspondem por exemplo a utilizar o poder do dragão, mexer os bonecos nas cartas de “wilderness”, etc. Mexer os bonecos ou adquirir mais bonecos tem sempre custos de recursos associados que faz com que seja necessário planear a estratégia com antecedência. Este jogo parece ser giro porque a estratégia para ganhar os pontos de vitória vai ser diferente consoante o tipo de cartas iniciais que temos e pode mudar ao longo do jogo á medida que mais cartas de exploração são viradas e podemos começar a usar novos recursos. É necessariamente um jogo mais complexo e demorado, mas com um elevado grau de repetibilidade. Podem ver mais coisas sobre o jogo aqui. Bónus: Os dois jogos são EU friendly, o que quer dizer que não há custos alfandegários! Eu ainda não me consegui decidir qual deles é que apoio! E vocês? Até para a semana! IF Images by Jonathan Jeffrey Lai and NSKN Games - LudiBooster
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Boas pessoal! Hoje vou falar um pouco sobre uma maneira muito particular de jogar RPG da qual faço parte há 6 anos. Vamos falar de play-by-post! O que é isso de play-by-post afinal? Ora, o play-by-post - abreviado para pbp - encontra as suas origens nos anos 80, nos bulletin boards das principais universidades dos EUA. Este sistema permitia, já desde essa altura, jogar RPGs assincronamente. Com o aparecimento do IRC e outros serviços de chat, este sistema caiu um pouco em desuso, pois os seus utilizadores preferiam, apesar de continuar a utilizar a então primitiva internet, jogar em tempo real em vez de assincronamente. Quando começaram a aparecer os forums, a popularidade do pbp começou novamente a aumentar, tendo atingido o seu pico no inicio dos anos 2000, voltando a perder alguns seguidores para os MMORPGs. Eu também sei ir à wikipedia à procura de informações. E isto não me explica o que é de facto o pbp! Calma. Estava a chegar lá. Hoje em dia, pbp é jogado principalmente em fóruns, como já falei acima. Há uma maneira de podermos jogar com os nossos amigos sem termos de nos juntar todos ou de jogar com pessoas de todo o mundo sem sair do teclado. Alguns fóruns já estabelecidos têm algumas ferramentas para ajudar a isto e, o que eu conheço melhor, o myth-weavers, é um dos mais completos que aí anda. Para além de suportar múltiplos sistemas de RPG, tem um hosting de character sheets próprio, e ainda possui maneira de adicionarmos os rolls aos nossos posts para o GM ver de facto que valor rolámos e que não o estamos a tentar enganar. O myth-weavers tem uma base de mais de 11000 jogadores activos, mais de 1000 jogos a decorrer e com anúncios de GMs à procura de jogadores para novos jogos todos os dias. Ok, isso é de facto interessante. Mas o que é que eu ganho em jogar pbp versus jogar em tempo real? Umas das minhas coisas preferidas no pbp é a facilidade de fazer roleplay, de de facto entrar na nossa personagem e pensar, agir e falar como ela. A maior parte dos jogadores fica constrangido de fazer roleplay com pessoas que não conhece, até mesmo com os amigos. Mas em pbp, com o tempo de espera entre posts de jogadores (há jogos em que as pessoas apenas criam um post por dia), temos tempo de pensar o que queremos dizer, como o queremos dizer. Somos encorajados a escrever e descrever o que a nossa personagem diz e faz, muito mais do que numa mesa. Por exemplo, numa mesa eu digo simplesmente que vou atacar a criatura X com a minha espada, rolo os dados e o GM diz-me se acertei ou não. Em pbp, posso dizer que o meu guerreiro desembainha a espada e carrega sobre o orc, um grito de guerra ancestral a sair dos seus pulmões. Ao chegar ao pé do orc, ele ataca-o com um golpe de cima a baixo com toda a força que tem. Rolo os dados, se calhar até faço um critical hit, e o DM responde que o meu ataque certeiro e poderoso faz um enorme corte no orc, do seu ombro esquerdo até à sua coxa direita. Cambaleando, o orc cai por terra, esvaindo-se em sangue, enquanto os seus companheiros rugem desafiadoramente, prometendo vingança pelo seu companheiro caído. Fantástico, não é? Se quiserem saber mais sobre esta maneira de jogar, comentem neste post, vão até aos nossos fóruns ou juntem-se a mim no myth-weavers. Se lá forem, mandem uma mensagem ao SharkAttack, que sou eu! Até para a semana pessoal! C.A. Image by Carsten Tolkmit on Flickr Pensem no vosso dia ideal. Imaginem-no como se o tivessem a viver neste preciso momento.
Já está? Boa! Podem contar-nos sobre ele nos fórums ou nos comentários! Para nós, o dia ideal envolve de certeza jogos, sejam eles de tabuleiro ou Role-Playing Games ou mesmo videojogos. A complexidade varia com a companhia, ou com o humor… Mas onde se está mesmo bem, é à volta de uma mesa com uma bebida fresquinha e com um jogo à frente. E é por causa disso que estamos aqui, no fim de contas. Para partilhar as nossas experiências e conhecimentos, para dar opiniões e para aprender convosco. Não se acanhem! Digam-nos do querem falar, das curiosidades que têm. De nós podem esperar opiniões sobre jogos de tabuleiro e RPG's, “truques e dicas” (como naquelas clássicas revistas de videojogos) e outras divagações de dois fãs de jogos de tabuleiro e RPG's! C.A. e I.F. Image by JIP (Own work) [CC BY-SA 3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)], via Wikimedia Commons |
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