Como a semana passada vos falei dos prémios, esta semana resolvi falar de quem faz os jogos que recebem os prémios: os designers!
O primeiro designer de que vos quero falar é Uwe Rosenberg. Nascido a 27 Março de 1970 na Alemanha, Uwe Rosenberg começou a criar jogos desde muito novo. O seu primeiro jogo foi o Bohnanza, mais conhecido como Feijões em 1997. Dez anos depois publicou o Agricola, um dos jogos mais jogados e conhecidos de sempre. Uma das coisas que mais gosto do Rosenberg é o sentimento caseiro que os jogos dele transmitem. Muitos dos jogos falam sempre de histórias que poderiam ser passadas numa aldeia ou vila pesqueira. Apesar da temática ser tão simples como tratar de uma quinta, as mecânicas por detrás do jogo não são assim tão simples. Aliás uma das coisas que é mais atraente nos jogos deste designer é que as mecânicas começam simples, mas vão ficando mais complexas à medida que os jogos vão continuando. Outra das coisas que é muito interessante nestes jogos é que tu não consegues fazer tudo aquilo que queres com os recursos que tens. É preciso optimizar e gerir os recursos que existem. Mas existe mais do que uma maneira de conseguir obter o que precisas, por isso apesar do número finito de recursos, as estratégias são muitas. Por fim existe o facto de apenas se ter acesso a recursos básicos e que a partir desses é que se pode usar actividades ou criar recursos mais complexos. Outra coisa interessante é que vários dos seus jogos podem normalmente ser jogados por apenas um jogador, o que é sempre bom se estivermos longe de pessoas com quem jogar! E pronto aconselho-vos a experimentar os jogos dele! E fiquem atentos porque para em breve vamos falar em mais pormenor do Agricola! IF Image by cliquenabend.de
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Já nos aconteceu a todos não termos gente suficiente para uma party de D&D com um tamanho normal. Seja porque a maior parte da party faltou á sessão, seja porque mudamos de casa e não conhecemos jogadores suficientes no nosso novo sitio. Se calhar só temos o irmão, ou conjugue, ou até os nossos pais. Se calhar até somos mesmo só nós, sozinhos. Seja porque razão for, já todos quisemos jogar RPG e não pudemos. Venho-vos esta semana falar de algo que já investigo á algum tempo: Como jogar RPG com poucos jogadores. Gestalt Esta técnica de aumentar o poder dos jogadores funciona muito bem para uma party pequena. Para um exemplo prático, eu estou a correr uma campanha de Kingmaker só com duas outras pessoas que, para conseguirem enfrentar este Adventure Path sem nenhum ajuste, fizeram characters gestalt. Um jogador usa um Summoner/Oracle, o outro um Barbarian/Bard. Até agora, só encontram problemas com muitos inimigos ao mesmo tempo, e já vão perceber porque. Para quem não sabe, uma personagem Gestalt é uma personagem que tem duas classes, ganhando habilidades das duas e, nas habilidades que são similares, ganhando a melhor das duas. Sempre que faz level up, ambas as classes fazem level up. No caso do nosso Barbarian/Bard, em nível 1, esta personagem ganha, do Barbarian, Fast Movement e Rage. Do Bard, ganha a habilidade de fazer magia arcana, bardic knowledge, bardic performance, countersong, distraction, fascinate e inspire courage +1. Depois, ganhas as class skills de ambas as classes, ganha o melhor BAB - +1 do Barbarian - os melhores saves - +2 á Fortitude do Barbarian e +2 ao Reflex e Will do Bard - os melhores skills - 6 + Int do Bard - e o melhor HP - d12 do Barbarian. Sempre que o nosso Barbarian/Bard subir de nível, este processo repete-se. Ora, o aumento de power level é óbvio. Esta personagem faz magia arcana, tem full BAB, +2 a todos os saves e o HP mais alto do jogo. Fantástico! Mas, há uma coisa que a continua a prender a níveis de poder mais baixo, uma coisa a que chamamos Action Economy. É verdade, esta personagem parece mesmo muito boa, mas continua a ter apenas uma standard action, uma move action e uma swift action por turno. Isto torna-a extremamente mais forte em 1-on-1, mas, contra muitos inimigos ao mesmo tempo, começa a ser mais complicado. Numa party de tamanho normal, o Gestalt pode destruir completamente a campanha. Mas, para dois jogadores, é uma excelente maneira de aumentar a sobrevivência e jogabilidade da aventura. Party-of-one O modelo Party-of-one é um que quero experimentar á muito tempo. Quando somos só um GM e um jogador, parece que não há muito que se possa fazer. Mas, podemos olhar para o exemplo que os videojogos usam. Somos apenas um jogador mas, por vezes, controlamos parties de três, quatro ou ainda mais personagens. É isto que o modelo Party-of-one é: um jogador que controla mais que uma personagem e um GM que conta a história. Isto permite ao jogador ter uma história que revolve á volta do seu personagem principal, sem que outros jogadores se sintam aborrecidos com isto porque, bem, eles não existem. Uma aventura em Party-of-one pode começar apenas com a personagem principal e esta pode, como nos RPGs de computador, ir recrutando novos aliados para a sua causa. Single-player adventures Existem várias aventuras publicadas para serem jogadas apenas por um jogador e um GM, em que o jogador contra apenas uma personagem. Este One-on-One Adventures Compendium tem aventuras de vários níveis diferentes para serem jogadas apenas com uma personagem. Já li algumas, são mesmo muito interessantes e mais baseadas em interacções sociais e menos em combate. Solo player No caso extremo de estarmos mesmo sozinhos, podemos sempre fazer de GM e de jogador ao mesmo tempo. Esta tática também é muito útil para GMs que querem testar primeiro os seus encontros antes de os lançarem contra os seus jogadores, para ver se são demasiado fáceis ou difíceis. Basicamente, o GM faz uma party (se quiser apenas testar encontros, usa as characters dos seus jogadores) e joga com essa party contra os inimigos de uma aventura como se fosse um jogo de tabuleiro, controlando as suas characters e os monstros. Este método não é para todos, pois normalmente evitamos fazer decisões que façam com que o nosso lado preferido perca, mas se conseguirmos mantermo-nos isentos, este método proporciona horas de entretenimento e um conhecimento mais intimo com o combate de um sistema e com as classes e monstros desse sistema. Por hoje é tudo. Até prá semana! C.A. Image by Alexandre Duret-Lutz on Flickr |
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