Hoje venho-vos falar da mais recente pesquisa que estive a fazer no kickstarter e sobre o jogo que mais me chamou a atenção: Dragon Keeper!
O Dragon keeper parece ser um jogo com regras relativamente simples, mas como uma configuração bastante inovadora: todos os componentes da caixa são importantes. Porquê perguntam vocês? Porque o tabuleiro de jogo tem três níveis que correspondem à tampa da caixa (último nível), a parte de baixo da caixa (nível intermédio) e o tabuleiro interno (primeiro nível). Cada tabuleiro tem lá dentro espaço para 25 cartas que são distribuídas aleatoriamente, o que quer dizer que não se vai repetir o setup maior parte das vezes. A história é simples, em vez de lutarem com os dragões, os humanos resolveram trabalhar em conjunto com eles. Como os dragões vivem em masmorras e existem sempre aventureiros a tentar matar o dragão, nós temos de o proteger! O jogador a fazer o maior número de pontos (que surpresa) no final do terceiro nível ganha o jogo. Como é que se fazem pontos? Em cada nível existem 25 cartas no tabuleiro, cada carta corresponde a um ou mais aventureiros que estão a tentar chegar ao dragão (valor da carta). O que temos de fazer é conseguir o maior número dessas cartas. Mas (e agora é que vem a parte estratégica e também inovadora do jogo) nem todos os aventureiros são bons para nós e nem todos os aventureiros que recolhemos no nosso turno são para nós. O que é que eu quero dizer com isto: - No início do jogo recebemos uma cor (que corresponde a uma guilda) que mantemos secreta dos outros jogadores. Todas os aventureiros que são da nossa guilda não nos valem pontos positivos, mas sim negativos. Ou seja queremos apanhar poucos desses aventureiros. - Durante o nosso turno temos direito a dois movimentos, um horizontal outro vertical (a ordem está indicada em cada nível). Os aventureiros que apanhamos no primeiro movimento são para nós, mas os que apanharmos no segundo movimento são para o jogador à nossa direita. E se lhes dermos 3 ou mais aventureiros recebemos um token (já vos explico para que é). É claro que nos compensa mesmo é descobrir quais são as guildas dos outros jogadores e dar-lhes aventureiros dessas guildas, ao mesmo tempo que mantemos a nossa guilda secreta... - Existem acções especiais como por exemplo passagem secretas, troca de prisoneiros, armadilhas ou fugas que nos dão vantagens durante e no final do jogo! Os tokens: os tokens correspondem a tesouros e no final de cada nível temos de perder um número de tokens que depende do número de aventureiros que fica em cada nível. Quantos mais aventureiros não conseguimos matar, mais tokens vamos perder. Quem não puder pagar, perde automaticamente o jogo (já perceberam porque é que eles são importantes certo?). Como é que se passa de nível para nível? O nível acaba quando um jogador não consegue (ao fazer os seus movimentos) apanhar ou dar aventureiros. Independentemente de quantos aventureiros ainda existam em jogo. O jogo acaba no terceiro nível (mais de baixo) exactamente como os outros níveis, com uma diferença. Para além de pagarmos os tokens, temos de pagar um tributo ao dragão que corresponde à pilha maior que temos (não vale ser a nossa guilda). Só depois é que somamos os pontos todos e subtraímos os aventureiros da nossa guilda. Apesar de parecer ser bastante fácil de aprender acho que este jogo vai implicar bastante estratégia, que passa muito por percebermos quem tem que guilda e esconder qual é a nossa claro. Parece também ser bastante rápido de jogar (mais ou menos 30 minutos). Este era um jogo que apoiariam no kickstarter? Deixem os vossos comentários neste post ou na nossa página do facebook! Até para a semana. IF Image by Arnaud Urbon
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Hoje venho falar-vos de um jogo que foi uma grande surpresa no último natal, já que conquistou tanto jogadores habituais como não jogadores. E esse jogo é claro o 7 Wonders.
Apesar de ter bastantes regras o jogo não é muito complicado e maior parte das pessoas percebe como se joga, embora o desenvolvimento de estratégias dependa normalmente de um número maior de jogos. O objectivo do jogo é ganhar o maior número de pontos (sem surpresas). Como é que conseguimos isso? De várias maneiras que vos vou explicar mais à frente. Para já vou-vos falar do que constitui o jogo. Cada jogador tem uma das sete maravilhas da Antiguidade (representada por um pequeno tabuleiro rectangular), como por exemplo os Jardins suspensos de Babilónia, a Pirâmide de Gizé, o Colossos de Rhodes, etc. Neste tabuleiro podem encontrar dois tipos de informação: - No canto superior esquerdo vão encontrar a produção normal da vossa maravilha - Na parte de baixo do tabuleiro vão encontrar os custos e benefícios de construir os vários níveis da vossa maravilha. Maior parte das vezes estes terão a ver com ganhar pontos, mas podem também dar-vos habilidades especiais, ou recursos extra. Cada maravilha tem o seu conjunto de níveis, com benefícios e custos diferentes. Para além do tabuleiro existem três baralhos de cartas, que representam as diferentes eras do jogo. Cada baralho tem uma combinação de cartas diferentes e o tipo de cartas (e a sua abundância) varia entre cada baralho. Os vários tipos de cartas que existem nos baralhos representam diferentes tipos de construções que se podem fazer durante o jogo - Cartas de produção: podem ser de produção básica (cartas castanhas) ou produção avançada (cartas cinzentas). Representam os recursos que conseguem produzir todos os turnos. São a “fundação” do vosso jogo, mas convém olharem para as produções dos vossos vizinhos também, que é para poderem complementar as vossas produções e não investir desnecessariamente em recursos e perder as outras cartas. - Cartas de comércio: representam edifícios relacionado com troca ou dinheiro. São as cartas amarelas e permitem comprar recursos a preços mais baixos (podem sempre comprar recursos aos vossos vizinhos directos por 2 moedas, desde que eles produzem esse recurso) ou obter dinheiro ou pontos. - Cartas de monumentos: são cartas azuis, e só servem exclusivamente para obter pontos. - Cartas de guerra: são cartas vermelhas e dão pontos de guerra, que são utilizados no final de cada era para ver quem ganha as batalhas. - Cartas de ciência: são cartas verdes, podem ter três símbolos diferentes, diferentes combinações dão pontos no final do jogo. - Cartas de guilda: são cartas roxas, só aparecem na terceira era e dão pontos, mas dependem de por exemplo: número de cartas vermelhas do vizinho, ou número de cartas castanhas, cinzentas e azuis que temos, etc. As várias cartas podem ter ou não um custo (que está representado no canto superior esquerdo). Podem também não custar nada se tiverem um determinado edifício construído, se esse for o caso vêm o nome do edifício que precisam de ter construído para terem a carta de borla. Uma coisa importante, não se pode ter edifícios repetidos. A maneira como se processa o jogo é relativamente simples: - Cada pessoa recebe 7 cartas, escolhe uma para jogar e passa as seguintes para a esquerda (direita na segunda era e esquerda outra vez na terceira era) - Depois de toda a gente escolher, ao mesmo tempo as pessoas jogam a carta. Podem fazer uma de três coisas: - construir o edifício correspondente à carta, pagando o seu custo - descartar a carta para obter 3 moedas - colocar a carta debaixo do nível que querem construir e pagar o custo respectivo de construir esse nível - Repete-se estes passos até toda a gente ficar só com duas cartas, nesse caso escolhem uma carta para jogar e descartam a última. Quando isso acontece acaba a era. - Quando acaba a era tem que se ver quem vence a guerra. Isto é bastante simples, é só comparar o número de pontos de guerra com os vizinhos directos (à esquerda e direita). Quem ganhar a guerra ganha 1 ponto (3 na 2a era, 5 na 3º era), quem perde, perde 1 ponto. Empates não valem nada. Depois é repetir os pontos acima com os baralhos da 2a e 3a era. No final é só contar os pontos, seguindo o bloco de notas e ver quem é o vencedor. Parece muita coisa, mas na verdade não é. Até é bastante intuitivo e até agora todos os que jogaram connosco conseguiram rapidamente entrar no ritmo. É um jogo bastante rápido, com pessoas experientes é cerca de 30min. A parte mais difícil de assimilar é a estratégia, e é giro porque existem uma série de maneiras diferentes para ganhar que dependem da maravilha e do conjunto de cartas. E pronto, espero que tenham ficado com vontade de experimentar! Se quiserem que fale de algum jogo em particular ou tenham ideias para jogos novos para experimentar não hesitem em comentar este post ou falarem connosco no grupo do Especulatório. Até para a semana, IF Imagem por Sonja Pieper |
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Maio 2016
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