Hoje vamos aqui falar de M.O.O.C.'s (Massive Online Open Courses), uma ferramenta útil para quem quer aprender um pouco mais sobre a teoria da escrita criativa, mas não tem possibilidades de pagar cursos presenciais.
Antes de começar a falar de alguns dos cursos que tenho estado a acompanhar, queria destacar o que eu acho que é o melhor aspecto destas formações online: o facto de me obrigar a sentar e escrever! A realidade é que é difícil encontrar tempo (e às vezes vontade) para escrever no nosso dia-a-dia, e ter um prazo a cumprir ou pelo menos uma tarefa a completar para um curso é uma óptima motivação. Passando agora aos cursos em questão, o primeiro que vos queria falar é o "Start Writing Fiction" da The Open University, disponível no site Future Learn . Um curso sobre a escrita de ficção em geral, mas mais focado para a criação de personagens, com entrevistas com autores publicados sobre os seus métodos de escrita, sugestões de coisas a observar e anotar nos vossos cadernos de escrita (todos devíamos ter um, real ou virtual) e bastantes exercícios de escrita para nos forçar a experimentar novas coisas. Apesar de já ir a meio (faltam quatro semanas para acabar) aconselho-vos a darem uma espreitadela. Quem sabe se não descobrem algo que impulsione a vossa escrita? Seguidamente tenho que vos falar de um conjunto de cursos do Coursera, que juntos constituem a Especialização de Escrita Criativa, da Wesleyan University. Podem inscrever-se em vários cursos ou num só, e até podem requerer um certificado no fim e participar no projecto final, se não se importarem de pagar. Para a versão de auditor do cursos não há custos e a primeira parte - "Creative Writing: The Craft of Plot" - começou esta Segunda-feira. Esta primeira formação foca-se na estrutura e enredo das histórias, como construir cada cena e técnicas de edição e revisão. O último curso que vos queria mencionar é o "Writing for Young Readers: Opening the Treasure Chest", leccionado pelo Commonwealth Education Trust, também do website Coursera. Uma formação mais direccionada para a escrita para a geração mais nova mas que tem a vantagem de ser self-paced, ou seja podem começá-lo quando quiserem, e ele vai sugerindo prazos para a conclusão de cada parte, de modo a vos manter motivados! Para além destes três cursos direccionados para a aprendizagem das técnicas de escrita criativa, aconselho-vos a espreitarem as listas de formações noutras áreas, que podem vos ajudar em termos de ideias e conhecimentos em vários ramos. Por exemplo, se gostariam de escrever ficção-científica experimentem acompanhar um curso em Astrofísica, Exoplanetas ou Neurobiologia, ou se estão interessados em escrever no género de história alternativa, experimentem um dos muitos cursos de história e humanidades disponíveis. Quanto a websites de M.O.O.C.'s, para além do Coursera e do Future Learn que já aqui referi, experimentem o edX, o Udemy, o Iversity, o Canvas Network, o Open2Study ou o OpenUpEd. Espero que este artigo vos ajude a aprender alguma coisa! Boas aprendizagens e até para a semana. C.S.
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Existem tantos “tipos” de escritores como existem pessoas, já que cada um de nós escreve à sua maneira.
No entanto, a maioria dos autores descreve uma escala que varia entre os chamados “Jardineiros” ou “Pantsers” – que tendem a descobrir a sua história à medida que a escrevem – e os “Arquitectos” ou “Plotters” – que esboçam e planeiam todos os acontecimentos antes de os escreverem. Não existe apenas uma maneira de escrever uma história, mas é importante falarmos desta escala de tipos de escritores, já que existe uma colecção de técnicas que todos devemos experimentar de forma a encontrarmos as ferramentas certas para nós. Os Jardineiros escrevem normalmente melhor sem muita estrutura ou restrições, aborrecem-se se já tiverem um plano do que vão escrever, porque já sabem o que vai acontecer e sentem que já escreveram esta história e querem já passar à próxima. Stephen King é um exemplo deste tipo de escritor, já que na sua opinião nunca se deve usar um esboço prévio. Mas lá porque este tipo de escritor não planeia o que vai escrever previamente, não quer dizer que fiquem à espera da “Musa”! Como diz o Stephen King, têm que se obrigar a sentar na cadeira para escrever, mesmo sem saber muito bem para onde vão. Uma das grandes vantagens de partir à descoberta da vossa escrita é porque muitas vezes as ideias fluem de forma mais espontânea, tudo parece mais real. Também tem a vantagem de vos obrigar a escrever, mesmo que não saibam o quê. Pode ser excelente para desbloquear a vossa escrita. Claro que também tem os seus contras. Normalmente os “Jardineiros” tendem a rever muitas vezes, porque quando chegam ao segundo capítulo descobrem mais umas quantas coisas sobre a sua história, e voltam atrás para voltar a rever e a editar. A solução aqui é mesmo desligar o editor interno! Obriguem-se a continuar e a deixar as revisões para o fim. Quem escreve sem um plano pode ter algumas falsas partidas, e as primeiras coisas que escrevem não vão ser utilizáveis para a vossa história. Mas se reconhecerem o problema, usem isso a vosso favor e utilizem esse trabalho de escrita (que, no fundo, é sempre prática que ganham) para descobrirem novas ideias sobre as vossas personagens, o vosso mundo e o vosso enredo. Depois, arquivem esses parágrafos, e comecem de novo agora já com alguma noção da história que vão contar. Outro grande problema para escritores “Jardineiros” é escrever um bom final, porque não sabem para onde vão, e só quando lá chegam é que sabem o que vai acontecer. Regra geral isso apenas quer dizer que vão precisar de um segundo rascunho para melhor conseguirem tecer na história os fios que levam ao vosso final espectacular. A revisão pode ser mais dramática, mas apenas precisam de identificar todas as promessas que foram fazendo aos vossos futuros leitores para as conseguirem satisfazer no vosso final. Se tiverem alguns problemas com isto, peçam aos vossos amigos (escritores ou não) para lerem a vossa história e vos ajudarem a “brainstorming” o final. Para quem está habituado a planear antecipadamente a sua história mas gostaria de experimentar o método dos “Jardineiros”, tentem fixar apenas um ou outro detalhe da vossa história, e usar essa rede de apoio para partirem à descoberta e ver onde a vossa história vos leva! Falando agora dos “Arquitectos”, como por exemplo Orson Scott Card, estes escrevem melhor se souberem qual é o objectivo da sua história e qual é a sequência de eventos prevista. Existem diferentes tipos de esboços possíveis mas, regra geral, vão dividindo os objectivos em passos mais pequenos de modo a irem construindo a sua história antecipadamente. Uma das grandes vantagens deste planeamento todo é que acabam com finais que convergem num grande momento explosivo, em que todos os fios se juntam numa tapeçaria espectacular. Claro que também tem os seus problemas. Um dos quais é a chamada “Worldbuilder’s Disease”, que se traduz em quererem sempre continuar a construir o vosso mundo, e todos os pequenos detalhes das vossas personagens, até à exaustão, e nunca mais passarem ao resto da história. Estabeleçam um tempo pré-determinado para desenvolverem o vosso mundo e depois forcem-se a seguir em frente e escrever a história. Os “Arquitectos” tendem também a passar mais tempo a detalhar todo o esboço e depois escrevem o livro em si num instante. Claro que o problema é que depois não querem voltar atrás e rever tudo o que já escreveram. Querem é passar ao próximo projecto. A solução passa sempre por se obrigarem a sentar, reler e rever toda a vossa história, porque apesar de todo o planeamento do mundo, ela vai sempre precisar de alguns ajustes. Para quem não costuma planear grande coisa e gostaria de experimentar de modo a melhorar a sua escrita têm várias hipóteses. Podem sentar-se e escrever um resumo geral da vossa história (descobrindo à medida que vão escrevendo) ou fazer uma lista de tópicos que refiram os vários eventos que devem acontecer. Depois é só agarrarem em cada tópico ou parágrafo e começarem, passo a passo, a desenvolver cada cena. De certeza que aqui vão descobrir novas ideias, possivelmente mais interessantes que as que tinham anotado originalmente. Sintam-se sempre à vontade para mudar o vosso plano inicial – afinal de contas é um guia da vossa viagem e não uma estrutura fixa e inalterável. Quando tiverem uma sequência de cenas mais ou menos desenvolvidas vão de certeza encontrar buracos nas vossas histórias, sítios onde precisam de uma cena para vos levar do ponto A ao B, ou onde precisam de demonstrar consequências ou antecipar o vosso final. Lembrem-se sempre que a maioria de nós situa-se algures no meio desta escala. Há quem prefira descobrir as suas personagens mas ter um esboço detalhado do seu enredo, ou descobrir o início da história e, depois de saber para onde vai, planear o resto do caminho. Como se costuma dizer, no meio é que está a virtude, e é sempre bom tentar usar ambos os métodos de modo a termos o melhor dos dois mundos. Deixo-vos esta semana com o desafio de se sentarem, analisarem que tipo de escritor acham que são, e depois tentarem usar o método oposto de escrita. Se não experimentarem todas as técnicas disponíveis podem não saber o que estão a perder. Boas escritas e até para a semana! C.S. Este mês vamos falar de bons hábitos de escrita porque, se forem como eu, é algo que muitas vezes nos falta e repetidamente nos impede de escrever tanto como gostaríamos.
Vou aqui falar essencialmente de três ideias: Espaço de Escrita, Tempo de Escrita e Mentalidade de Escrita. Espaço de Escrita: Alguns de vós têm já o vosso espaço de escrita definido. Pode ser uma divisão específica da vossa casa, uma mesa ou secretária favoritas, uma biblioteca ou café que costumem frequentar. Pode até ser um espaço móvel. A mera presença dos vossos utensílios de escrita, o ritual de os dispor de uma certa forma, pode criar o vosso espaço criativo, onde quer que estejam. O que interessa é que se sintam confortáveis. Para algumas pessoas pode ser preciso ter uma certa camisola vestida, ter sapatos calçados ou, até, ter ou não calças vestidas! Podem precisar do vosso caderno ou caneta favoritos, ou abrir um software específico para criarem a vossa história. Algumas pessoas gostam de escrever com música, outras em silêncio, e ainda outras com barulho de fundo. Para aqueles que se distraem facilmente com música deixo a sugestão: experimentem o editor de texto online Noisli. Esta página oferece um temporizador, vários sons de fundo - como chuva, uma fogueira a crepitar, o vento ou os barulhos de um café - e um ecrã sem grandes distracções. É só escrever e depois guardar no vosso computador. O que interessa é que identifiquem as condições que precisam para escrever, repliquem-nas sempre que possível, e vão ver a vossa vida muito facilitada. Tempo de Escrita: Todos nós nos queixamos de não ter tempo para escrever. É possivelmente das desculpas que eu mais uso! Temos que trabalhar, ir às aulas, arrumar a casa, fazer o jantar, ir às compras ou lidar com filhos, pais ou cônjuges. Depois de tudo isto quem é que tem tempo para se sentar e escrever?! A primeira coisa que têm que fazer é prioritizar o vosso dia-a-dia, de modo a encontrarem tempo para escrever. Uma excelente sugestão que encontrei quando me preparava para o último NaNoWriMo foi a seguinte: durante uma semana, ao final de cada dia, façam um calendário de todas as coisas que fizeram ao longo do dia, e o tempo que demorou cada uma. Por exemplo: 08h-09h - Viagem para o trabalho, 09h-12h - Trabalhar; 12h-12:30h - Almoçar; (...); 21h-22:30h - Ver TV. Depois identifiquem a tarefas que (infelizmente) não podem deixar de fazer (como trabalhar ou ir às aulas); as tarefas que podem fazer ou não nesse dia (se calhar essa loiça pode ficar para amanhã ou podes pedir a alguém que trate do jantar) e por último as actividades que claramente podem dar lugar à escrita (como ver TV). No final vão conseguir identificar como melhor ajustar o vosso dia-a-dia para criarem tempo para escrever. Para a maioria de nós o ideal seria podermos reservar um bloco de três ou quatro horas só para nos dedicarmos à nossa escrita. Afinal de contar, os primeiros três quartos de hora são normalmente de "aquecimento". Muitos de nós gostam de reler o que escreveram no dia anterior, fazer alguma pesquisa ou simplesmente fazer outras coisas que nos ajudem a encher o poço da criatividade. Para alguns isto pode ser jogar, navegar na internet ou espreitar as redes sociais. Todas estas coisas podem ser importantes para nos ajudar a passar do "Modo Trabalho" ou "Modo Família" para o "Modo Escrita". O meu conselho desde já é arranjarem um temporizador (pode ser aquele que têm na cozinha) e determinarem à priori quanto tempo vão gastar com estas actividades. Quando o relógio tocar, está na hora de começar a criar (até rima e tudo!). Mas para aqueles que não têm mesmo oportunidade de reservar quatro horas do seu dia para a escrita, terão de aprender a fazer o vosso "aquecimento" antes de sequer se sentarem à secretária. Talvez possam reler o que escreveram no caminho para casa ou dedicar algum espaço mental ao que vão escrever hoje enquanto tomam conta de algumas tarefas de casa. Uma nota importante - Nunca subestimem a vossa capacidade de escrever muito em pouco tempo! Para muitos de nós, quanto menos tempo temos, mais produtivos somos! Mentalidade de Escrita: O problema de muito boa gente, incluindo eu, é que dizemos a nós mesmos que agora não conseguimos escrever, que "um dia" (aquele mítico ponto no futuro longínquo em que vamos fazer todas as coisas) teremos mais tempo para escrever ou que os outros nos impedem de escrever. A verdade é que temos primeiro que assumir perante nós mesmos que queremos escrever! Há que fazer a transição de escrever por hobby para escrever a sério, e assumir que se queremos ter escrito um livro, temos que começar a escrever! É verdade que as pessoas que nos rodeiam podem inadvertidamente estar a tentar dizer-nos o que fazer, no sentido de acharem que devíamos estar a fazer outras coisas mais importantes, em vez de escrever. Mas temos que ser nós a mostrar-lhes que queremos que a nossa escrita seja tratada seriamente. Se não levarmos o acto de escrever a sério, quem nos rodeia também não levará. Se por outro lado, precisam de ajuda para começar a escrever todos os dias, experimentem deixar já escrita a primeira linha do vosso próximo capítulo, ou deixar a meio uma cena que estão a adorar escrever. Podem achar que vão perder o ímpeto, mas pode também servir para começarem a vossa próxima sessão de escrita mais motivados para continuar aquele momento dramático da vossa história. Para os que precisam de motivação mais fofinha, experimentem o Written? Kitten!. Por cada 100 ou 200 palavras que escreverem neste editor de texto online, ele oferece-vos uma nova imagem de um gatinho (ou cachorrinho, ou coelhinho, é o que preferirem!) Se isto for demasiado fofo para vocês (como é para mim) fiquem-se pelo papel e caneta, e deixem os gatinhos para quando forem relaxar a ver vídeos do YouTube. Este em particular é bastante bom para encher o poço da criatividade. Desafio-vos a escreverem uma pequena história sobre este pobre gato e a partilharem com todos nós as vossas criações! Toca a escrever! C.S. Esta rubrica da secção Especular partiu de um desejo pessoal de passar para o papel (neste caso virtual) tudo o que já li, e ouvi, em inúmeros livros, podcasts, workshops e entrevistas sobre escrita criativa.
É, portanto, uma rubrica bastante egoísta, mas que, espero eu, sirva de inspiração, motivação ou ajuda a outros escritores amadores que por aqui passem. Espero conseguir tocar em tópicos como a geração de ideias, hábitos de escrita, desenvolvimento de personagens ou a criação de conflitos interessantes. Tudo isto pode parecer muito técnico, ou até profissional, mas deixem-me desde já relembrar-vos que, não só não sou profissional do ramo literário, como nem sequer estudei uma área que se aproxime de tal (a não ser que relatórios e artigos científicos contem como literatura! Espero que não!). Sou apenas uma escritora sonhadora com ambições de um dia conseguir finalmente acabar um livro. Agora que já estão todos avisados, quero começar este "guia" com as três ideias que mais me inspiraram a recomeçar a escrever nos últimos anos:
Podem discordar à partida de tais informações, mas deixem-me pelo menos tentar convencer-vos. Claro que ter ideias e inspiração, e especialmente sorte, é óptimo! Mas vamos ser honestos, nem sempre tal acontece. Durante muito tempo senti uma enorme vontade de voltar a escrever sem saber muito bem sobre o quê, nem como. Achei que me faltavam as ideias, ou talvez a inspiração, para tal. Mas a verdade é que, se existem alturas em que sentimos claramente a presença da "musa" e as palavras jorram perfeitas para a página, outros dias temos simplesmente que nos obrigar a sentar o rabo na cadeira e escrever, por muito que não nos apeteça. Pelo que diz o Stephen King (e ele há-de certamente saber melhor que nós), quando acabarem a edição desse vosso primeiro rascunho, os vossos leitores não vão dar pela diferença. E a verdade é que as ideias são baratas! Quanto mais escrevemos mais ideias nos surgem. Basta começarmos a prestar mais atenção ao que nos rodeia para novas ideias aparecerem. Claro que há ideias melhores que outras, mas um bom escritor pode agarrar em más ideias e escrever uma óptima história! Basta verem o exemplo do escritor Jim Butcher que, numa workshop sobre escrita, apostou que conseguia escrever um bom livro baseado em duas ideias terríveis. As ideias sugeridas por um dos presentes foram "Pokémon" e a "Legião Romana Desaparecida". E daí nasceu a sua série de Fantasia "Codex Alera". Ter muitas ideias é também importante para não cairmos no erro de as tratarmos como algo de valioso e sacrossanto. Senão como teremos a coragem de experimentar e trabalhar novas técnicas de escrita com as nossas preciosíssimas ideias? E não há nada mais importante que praticar. Alguém um dia disse "É primeiro preciso escrever um milhão de palavras para se ser um bom escritor". Aparentemente ninguém sabe ao certo quem foi o autor de tal afirmação, nem a citação exacta, mas é o sentimento que conta. Portanto, toca a escrever! Há quem diga que podemos encarar a escrita como qualquer outra arte cénica. Quanto mais praticarmos mais a nossa escrita se torna instintiva. Tal como um acrobata não está a pensar nas leis da física envolvidas na execução de um triplo mortal, também nós podemos aprender a escrever bem instintivamente. Não é a inspiração ou a sorte que faz com que o acrobata caia de pé no final do exercício, é a prática. Por isso pratiquem para que as vossas histórias caiam sempre de pé, e com nota máxima! Por último, qualquer um de nós pode aprender a ser um bom escritor, se estivermos dispostos a investir o tempo e o trabalho necessários. E não sou só eu que o digo - afinal quem sou eu senão apenas uma sonhadora com vontade de escrever - mas autores como David Farland. Todos nós ouvimos as mais variadíssimas histórias no nosso dia-a-dia, de amigos, familiares, colegas. Se prestarmos atenção às que mais nos cativam - a mensagem que o locutor tenta passar, a pessoas envolvidas, o cenário - podemos assim aprender como melhor desenvolver as nossas próprias histórias. Claro que os cursos de escrita criativa, os livros, os podcasts ou os painéis com escritores também ajudam. Mas temos que estar preparados para investir o nosso tempo, suor e lágrimas (e quem sabe, sangue), quer queiramos ser escritores profissionais ou apenas escrever bem pelo gozo que isso nos dá. O meu rabo está firmemente assente na cadeira e os meus dedos estão preparados para sangrar (q.b.). E vocês? Para acabar em grande deixo-vos com um excerto de "On Writing" de Stephen King. "You can approach the act of writing with nervousness, excitement, hopefulness, or even despair—the sense that you can never completely put on the page what’s in your mind and heart. You can come to the act with your fists clenched and your eyes narrowed, ready to kick ass and take down names. You can come to it because you want a girl to marry you or because you want to change the world. Come to it any way but lightly. Let me say it again: you must not come lightly to the blank page. I’m not asking you to come reverently or unquestioningly; I’m not asking you to be politically correct or cast aside your sense of humor (please God you have one). This isn’t a popularity contest, it’s not the moral Olympics, and it’s not church. But it’s writing, damn it, not washing the car or putting on eyeliner. If you can take it seriously, we can do business. If you can’t or won’t, it’s time for you to close the book and do something else. Wash the car, maybe." "On Writing - A Memoir of the Craft", Stephen King Que vos sirva de inspiração! |
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