E chegámos ao fim de mais um Clube de Leitura mensal com o livro "Kushiel's Dart", de Jacqueline Carey.
Se ainda não acabaram este livro, ou estão à procura de uma review sem spoilers, espreitem a nossa secção Ler, porque por aqui vamos falar de alguns detalhes que podem interferir com a vossa leitura. Este primeiro volume da série "Kushiel's Legacy", que se estende por nove volumes, passa-se num mundo com claras semelhanças com o nosso. Terre d'Ange, é claramente território francês, os Skaldi representam os povos nórdicos e Alba é obviamente a Escócia. Nem todos podem concordar, mas estas semelhanças facilitaram, para mim, a leitura deste romance, já que é mais simples memorizar os detalhes geográficos e culturais dos diferentes locais. A divindade mais importante em Terre d'Ange é Elua, uma espécie de filho ilegítimo de Deus (há várias comparações que se podem fazer entre os pais de Elua e Jesus e Maria Madalena, mas não vamos entrar por aí). Elua foi preso por um rei e oito dos anjos de Deus desceram à Terra para se tornarem nos seus companheiros e o ajudarem. Um dos anjos, Naamah, ofereceu-se por uma noite ao rei que imprisionava Elua, em troca da sua liberdade. Mais tarde prostituiu-se de modo a que Elua e os seus companheiros tivessem dinheiro para comer. Assim, uma das principais instituições neste mundo é o serviço ao Anjo Naamah, cujas adeptas (e adeptos) são cortesãs e cortesãos que oferecem os seus corpos como um serviço sagrado, no Court of Night-Blooming Flowers. A divisão do Night Court em várias casas, com diferentes características é algo que considero também interessante neste livro, já que nos permite tentar identificar qual a casa a que pertenceríamos se vivêssemos neste mundo (tal como todos fazemos com as casa de Hogwarts). Existem 13 casas dedicadas ao serviço de Naamah, cujos lemas tendem a representar um dos aspectos do Anjo e os seus motivos:
Claro que a nossa heroína, Phédre nó Delaunay de Montrève, acaba por ser demasiado especial para se inserir completamente numa das casas, já que é uma anguissette, ou seja uma mortal escolhida por um dos anjos para restabelecer o equilíbrio no mundo de Terre d'Ange. E sem dúvida que Phédre se envolve em questões de política mundiais ao longo das mais de mil páginas deste livro, viajando para vários reinos e evoluindo como personagem desde a sua infância até à idade adulta. Para concluir só posso dizer que este romance tem um mundo muito bem construído, com um sistema religioso original e refrescante, e toda a trama política e de segredos nos deixa sempre de pé atrás com todas as novas personagens que vão aparecendo. Este mês resolvemos partilhar convosco um novo recurso que descobrimos pelas "internets" - um novo (para nós) website de música onde encontrámos esta excelente playlist para acompanhar este magnífico romance! Para o mês que vem vamos deixar à vossa escolha o livro a ler! Espreitem a nossa votação no nosso grupo do facebook e deixem-nos as vossas sugestões, opiniões e comentários! Até para a semana! C.A.
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Sou da opinião que hoje em dia existem demasiadas séries de televisão de excelente qualidade, para o tempo livre que tenho para as ver.
E escrever este artigo não ajudou, já que descobri mais umas tantas séries (e livros) que tenho que ver (e ler). Começando por uma das mais conhecidas, que não podia faltar, temos "Game of Thrones". A série criada por David Benioff e D. B. Weiss é uma adaptação da série de livros "A Song of Ice and Fire", de George R. R. Martin. Acho que não é preciso grandes explicações sobre esta série de fantasia, passada nos continentes de Westeros e Essos, sobre a luta pelo Trono de Ferro. Aconselho quer a série de televisão, quer a série de livros. Continuando na onda dos épicos fantásticos (se bem que numa escala bastante menor, em termos de série) temos a recente "The Shannara Chronicles", baseado nos livros de Terry Brooks e criada por Alfred Gough e Miles Millar. A primeira temporada segue os eventos do segundo livro "The Elfstones of Shannara" e é, até agora, bastante cativante. Não se deixem afastar pelo facto de ser uma criação da M.T.V.! Apesar de ser uma série (e um livro) sobre adolescentes, consegue valer a pena. Confesso que ainda não li os livros e, como tal, não posso comentar quanto à sua fidelidade ao material escrito, mas experimentem e digam-nos o que acharam! Outra série que está a dar que falar, e que está a passar actualmente nos nossos canais por cabo, é "The Magicians", uma série do Syfy, com base nos livros de Lev Grossman. A história segue os passos de Quentin Coldwater e as suas aventuras em "Brakebills College for Magical Pedagogy", assim como a história paralela de Julia Wicker, a personagem que não consegue entrar no colégio e procura magia de outras formas. Outro livro que está na minha lista para ler, mas a série de televisão pelo menos não tem desapontado. Uma série que já vai para a segunda temporada, e que tem acumulado bastantes fãs, é a série produzida pela Sony Pictures Televison, baseada nos romances de Diana Gabaldon, "Outlander". Com excelentes actores, conta a história de Claire Randall, uma enfermeira casada na 2ª Guerra Mundial que é transportada para a Escócia em 1743, no meio da revolução Jacobita, e conhece Jamie Fraser. Para além de um trio romântico bastante interessante, com todas as viagens no tempo, todas as paisagens desta série são espectaculares (ou não fosse ela filmada na Escócia). Se estiverem com estado de espírito para verem uma série mais romântica, ou gostarem de temas escoceses, aconselho! Antes de passar para os livros de ficção científica que foram (ou estão para ser) adaptados a séries de televisão, tenho ainda que mencionar duas séries baseadas em livros excelentes, cujas adaptações não foram tão boas como eu esperava. Estou a falar de "True Blood", produzido por Alan Ball, baseado na colecção de livros "The Southern Vampire Mysteries" de Charlaine Harris, e "The Dresden Files", uma série do Sci Fi Channel, baseada nos livros de Jim Butcher. Ambas as séries contaram com excelentes actores ( Anna Paquin e Paul Blackthorne) mas se por um lado "True Blood" foi diminuindo em qualidade ao longo das temporadas, "The Dresden Files" nunca chegou a descolar, apesar de, a meu ver, ter potencial para tal. Ambas as séries de livros são muito melhores do que a sua adaptação ao pequeno ecrã, e aconselho-vos a lerem (mais do que a assistirem). Passando agora aos livros de ficção-científica, quero começar por mencionar as séries baseadas nos livros de Stephen King. "Under the Dome", que começou em força mas foi perdendo ar à medida que avançou nas suas três temporadas, "11-22-63", que estreia esta semana no Hulu, e que ao longo de apenas nove episódios seguirá Jake Epping, um professor que viagem no tempo para prevenir o assassínio do Presidente John F. Kennedy, e por último a futura série baseada na colecção "The Dark Tower" (ainda sem data de estreia), que vai complementar a série de filmes a ser produzida pela Sony Pictures. Só posso concluir que é uma óptima altura para ser fã de Stephen King! Outra série que estreou há pouco tempo foi "The Man in the High Castle", uma adaptação produzida por Riddley Scott, do livro de Philip K. Dick, que faz a pergunta: e se a Alemanha nazi tivesse ganho a guerra? Sem dúvida um excelente livro, e uma série que tem tido boas críticas. Mais uma para a lista! Por último quero mencionar duas séries que, correm os rumores, estão para ser produzidas: "Old Man's War", de John Scalzi, a ser adaptada pelo SyFy, e "Foundation", um livro de Isaac Asimov a ser adaptado por Jonathan Nolan para a HBO. Boas notícias para quem está à procura de novas séries para ver, más notícias para aqueles de nós que ainda não conseguiram acabar todas as outras óptimas séries que por aí andam. Adoramos os vossos comentários por isso partilhem connosco as vossas opiniões sobre estas, ou outras, adaptações. Até para a semana! C.S.
E chegámos ao fim de mais um livro do nosso Clube de Leitura, com o "The Name of the Wind" de Patrick Rothfuss.
Apesar de comprida, esta é uma viagem que certamente valeu a pena! O primeiro de uma trilogia ainda por acabar, "The Kingkiller Chronicles", esta história mostra-nos o crescimento de Kvothe, desde a sua infância até finalmente chegar à Universidade para se tornar num mago poderoso. Mas o que destaca este livro entre outros do género, para além na magnífica prosa de Patrick Rothfuss, é a maneira como a história de Kvothe é contada, por ele mesmo, num futuro onde o seu nome é sinónimo de lenda e poder, apesar de ele se esconder numa pequena aldeia. A história começa no presente, passado num pequeno pub, onde Kvothe conta a sua história ao "Chronicler". Também é no presente que a história acaba, notando que desde logo Kvothe afirma que demorará três dias (ou seja, três livros) a contar toda a sua história. Como todo o passado é contado pela personagem principal nunca sabemos muito bem o que está a ser exagerado ou omitido, já que Kvothe tem uma personalidade bastante particular. O mundo de "The Name of the Wind" é também descrito com imenso pormenor, e fica sempre a ideia que o autor sabe ainda mais sobre toda a geografia e história que rodeia o conto principal. Pessoalmente fiquei bastante contente com a notícia que todo este universo de Rothfuss vai ser transformado não só num filme, mas também numa série de TV e ainda num videojogo. Para quando, não sabemos, mas só nos resta esperar para podermos ter ainda mais detalhes deste mundo maravilhoso. E se, agora que chegaram ao fim, querem começar o próximo livro da saga, mas já estão confusos com alguns detalhes (afinal de contas, este livro é mesmo grande!), deixo-vos com o link para uma excelentemini comic de Patrick Rothfuss que resume todo o livro.
E para variar, este mês a playlist literária que vos trazemos não foi organizada por nós, mas sim composta por Mark Haas. Para quê inventar se existe esta pérola, com letra de Patrick Rothfuss?
No próximo mês, dada a temática romântica do dia 14 de Fevereiro, resolvemos escolher como livro do Clube de Leitura "Kushiel's Dart" de Jacqueline Carey.
Para os leitores mais sensíveis, notamos que partes deste livro são bastante eróticas e podem não agradar a todos. Para os que estão dispostos a atirarem-se de cabeça connosco, sigam-nos por mais uma viagem a um estranho mundo novo. O Clube de leitura volta dia 1 de Março para revermos e falarmos de "Kushiel's Dart". Esperamos os vossos comentários e sugestões, quer aqui, quer no nosso facebook. E fiquem atentos à nossa página de facebook que vamos precisar das vossas opiniões para decidirmos os livros dos próximos meses! Até para a semana. C.S. Pois é, meus amigos, parece que começou um novo ano. Desde já, bem vindos a 2016, e que este seja um ano cheio de novas oportunidades para todos nós. Mas deixando a conversa lamechas de parte, vamos ao que interessa: as famosas resoluções de ano novo! De certeza que todos vocês já têm uma ou outra resolução para este novo ano, mas resolvemos acrescentar mais algumas à vossa lista. Para começar, porque não começar a investir mais em livros e jogos em segunda-mão, em vez de comprar novo? Cada vez há mais oferta deste âmbito e para além de fazerem um favor à vossa carteira, fazem um favor ao planeta. Espreitem a nossa entrevista com a Bookshop Bívar para saberem onde encontrar centenas de livros em segunda-mão, ou os classificados do fórum Abre o Jogo para darem uma segunda vida a dezenas de jogos de tabuleiro. Se és daquelas pessoas que tem mais livros, ou jogos, dos que os consegue ler, ou jogar, porque não esta excelente ideia para 2016: escreve os nomes de todos os livros ou jogos que ainda não conseguiste abrir em pedaços de papel; guarda todos os papéis numa caixa ou frasco e da próxima vez que tiveres um tempo livre para jogar, ou ler, vai ao pote e descobre algo de novo, em vez de caíres no hábito de ir buscar os teus favoritos do costume! E para os que gostam de desafios, temos muitas ideias para vocês! Primeiro que tudo podem sempre juntar-se ao Desafio de Leitura 2016 do Goodreads. Basta apenas definirem o número de livros que gostariam de ler este ano, e daqui para a frente registarem todos os livros lidos no vosso Goodreads. Ele até vos vai dizendo quantos livros de atraso, ou de avanço, têm. E se precisam de inspiração para diversificarem as vossas leituras ou jogatanas, deixamo-vos com alguns dos desafios para 2016 que encontrámos. Para os nossos leitores acérrimos temos três desafios, do mais simples ao mais completo: E para os nossos viciados em Jogos de Tabuleiro porque não um desafio para 52 semanas de jogos, com 52 categorias diferentes para tentarem preencher?
Ou para simplificar o desafio do ABC dos Jogos, em que a ideia será jogarem um jogo que comece por cada letra do abecedário. As hipóteses são mais que muitas, mas o objectivo é sempre o mesmo, leiam mais, joguem mais e experimentem coisas novas! Se tiverem mais desafios ou quiserem partilhar connosco as vossas resoluções para 2016, já sabem! Deixem-nos um comentário aqui ou no nosso facebook! Desejamo-vos um excelente 2016! Clube de Leitura - O fim de "The Hitchhiker's Guide to the Galaxy" e o início de "The Martian"23/10/2015 "Hey Earthman? You hungry kid?" said Zaphod's voice. "Er, well, yes, a little peckish I suppose," said Arthur. "Ok baby, hold tight," said Zaphod. "We'll take in a quick bite at the Restaurant at the End of the Universe." E assim chega ao fim a nossa viagem pela galáxia, e consequentemente por este livro. Sendo já uma obra bastante conhecida não vale a pena estar aqui a explicar todo o enredo e personagens. Vamos, por isso, falar antes um pouco das ideias e questões que este livro levanta, ou não fosse Douglas Adams conhecido pela sua crítica certeira à nossa sociedade. Começando pelo início. É muito clara a mensagem inicial do quão insignificantes somos em relação à escala do universo. Acho que é para nos por logo no nosso lugar. Do mesmo modo, é bastante óbvio o contraste entre a importância dos nossos problemas e os problemas do mundo em geral. A maneira como Douglas Adams contrapõe os dois eventos - a destruição da casa de Arthur e a destruição do planeta Terra - é o que torna toda a situação mórbidamente engraçada. Uma das perguntas que nos é colocada é se precisamos mesmo de um guia para a Galáxia, com todas as coisas. Claro que seria óptimo ter um único sítio onde pesquisar toda a informação (hmm... talvez como o Wikipedia?) mas a verdade é que mesmo este guia falha espectacularmente em alguns detalhes importantes (também como o Wikipedia?). Basta ver a entrada referente ao nosso planeta: "Earth: Mostly harmless". Talvez, talvez não! Mas uma ideia que esta história também passa é que é melhor não sabermos tudo! A diversão está no acto da descoberta! Como escreve Adams, se descobrirmos porque é que o universo existe, ele seria substituído por algo ainda mais bizarro e inexplicável. O que possivelmente até já aconteceu.Várias vezes... Olhando para a questão de um modo mais profundo esta obra expressa uma vontade de todos os humanos (e aparentemente de seres extraterrestres também) de ter um guia que nos ajudasse a navegar ao longo das nossas vidas. Claro que também nos mostra que, tal como na vida, não há guia que resolva todos os nossos problemas e desafios. Chama-se a isso viver e crescer! Como aliás vemos pela maneira fantástica como os personagens falham constantemente ao longo da história. Douglas Adams é aliás muito bom a mostrar-nos a comédia do falhanço, sempre levando a cabo um acto perfeito de malabarismo entre manter as personagens vivas enquanto fracassam das maneiras mais divertidas. No que toca à burocracia existente na nossa sociedade, Adams tem certamente muito a dizer. Podemos usar o exemplo dos Vogons que precisam de tudo assinado em triplicado e que, tal como o governo da Terra, assumem que os seus habitantes estão cientes de todas as questões legais envolvidas em construir auto-estradas e que, portanto, se não se dirigiram aos departamentos responsáveis, dentro dos prazos legais, já não podem reclamar. É a ideia que "ignorância da lei não é justificação para a não a cumprir" levada ao expoente máximo, com a consequente destruição do planeta Terra. Temos também o caso do Presidente da Galáxia, Zaphod Beeblebrox, o homem mais incompetente nesta história, que não manda grande coisa e é famoso apenas por ser famoso. Tal como muita gente neste nosso calhau à beira do Sol... Por último, não podíamos deixar de falar na toalha, o bem mais precioso para todos os que andam à boleia pelo espaço. Adams descreve a toalha como um objecto que, não só tem imensas funções práticas no espaço, como tem imenso valor psicológico, pois uma pessoa que saiba sempre onde está a sua toalha é vista como alguém que de valor, que claramente se sabe movimentar pela galáxia. Pode assim ser vista como um símbolo de status, uma forma de julgar os outros pelas suas possessões e aspecto, tal como todos nós fazemos às vezes. Deixo-vos agora com algumas das minhas citações favoritas:
Se tiverem outras citações que também adoraram, deixem nos comentários ou nas nossas redes sociais! Apresentando agora o próximo livro do nosso Clube de Leitura: "The Martian", de Andy Weir.
Depois de o filme baseado neste livro ter feito sucesso nas bilheteiras por todo o mundo, aconselhamo-vos a ler agora o livro (mesmo que já o tenham feito! É ainda melhor à segunda leitura. Ou mesmo à terceira!) É um dos meus livros favoritos publicados em 2014. Para os que estiveram enfiados num buraco nos últimos meses, espreitem a review na nossa secção Ler para terem uma ideia do quão espectacular é este livro. Como costume, vamos dividir o livro em partes pelas quatro semanas do Clube de Leitura, para vos ajudar a organizar as vossas leituras ao longo do mês: 24 Outubro - 29 Outubro - Capítulo 1 a Capítulo 8 30 Outubro - 05 Novembro - Capítulo 9 a Capítulo 14 06 Novembro a 12 Novembro - Capítulo 15 a Capítulo 20 13 Novembro a 20 Novembro - Capítulo 21 a Capítulo 26 Durante todo o mês estaremos a partilhar as nossas citações favoritas nas redes sociais e dia 23 de Novembro estaremos aqui para analisar esta magnífica obra. Agarrem-se à vossa cadeira, porque esta é uma viagem atribulada, mas que vale muito a pena. C.S. Muito se tem escrito sobre adaptações de livros a filmes. Parece que, ultimamente, por entre reboots e remakes, as adaptações têm sido predominantes no mundo do cinema.
Mas se existem filmes espectaculares, adaptados de livros, existem talvez um igual número de adaptações que falharam miseravelmente. Mas comecemos pelas nossas favoritas. Nenhum artigo que fale de adaptações de livros a filmes pode ignorar a grande trilogia do realizador Peter Jackson (e não, não nos estamos a referir ao Hobbit - já lá chegaremos): "The Lord of the Rings", de J.R.R. Tolkien. Apesar de algumas críticas por parte dos fãs mais protectores (sim, ficámos todos com muita pena do Tom Bombadil não ter sido incluído) é sem dúvida uma fantástica adaptação de um livro que muitos, incluindo o autor, acreditavam ser impossível de passar para o grande ecrã. É especialmente incrível que o último filme da trilogia tenha tido tanto sucesso (11 Oscars!) considerando que, em muitas trilogias, é difícil manter o interesse do público até à terceira, e última, parte. Basta lembrarmo-nos da trilogia "The Matrix". Ou não. Pois, se calhar é mesmo melhor não pensarmos muito naquele terceiro filme do Matrix… Continuando pelas boas adaptações (na minha humilde opinião, claro) temos que referir os oito filmes de "Harry Potter", de J.K. Rowling. Claro que entre tanto filme haverá sempre altos e baixos. De todos os filmes considero que o primeiro é o que melhor trouxe a magia de Potter para os nossos ecrãs, possivelmente porque era também o mais “simples” de traduzir para o meio cinemático. E apesar daquele 4º filme ("Harry Potter and the Goblet of Fire") me ter trazido alguns pesadelos (Harry Potter fechado num armário com a jornalista Rita Skeeter deve ter dado origem a muitas fanfictions estranhas…) acho que no geral a maioria dos filmes da série foram bem conseguidos. Mas infelizmente nem todos os livros dão origem aboas adaptações em filme. E acho que vamos ter que falar aqui da trilogia “The Hobbit”, também realizado por Peter Jackson, baseado no livro de J.R.R. Tolkien. Deixem-me dizer que, apesar de tudo, eu gosto bastante destes filmes! E penso que, em parte, as críticas negativas que esta adaptação recebeu vêm do facto de não conseguir chegar ao patamar de “The Lord of the Rings”. Mas vamos ser honestos, é um patamar difícil de atingir! Para quem ficou com a sensação que esta seria uma adaptação em que menos seria mais, aconselho-vos a procurar pela internet a adaptação resumida de um fã, que juntou as 3 partes num único filme de 4 horas, retirando todo o material que não aparece originalmente no livro. E o livro que possivelmente mais tinta (e lágrimas) já fez correr, ao ser convertido para o grande ecrã, é sem dúvida “Dune”, de Frank Herbert. Quer as adaptações que acabaram por ser feitas, como as que nunca se tornaram realidade. Se existe filme adaptado que mais confusão criou, foi sem dúvida “Dune”. Se quiserem saber tudo sobre a história caótica desta adaptação espreitem este link. Apesar de tudo, a adaptação de 1984 de David Lynch tem vindo a ser vista com melhores olhos, talves porque está a entrar no Clube dos Clássicos (e não se deve dizer mal dos clássicos, por muito estranhos que nos pareçam hoje…). Pessoalmente, acho que a mini-série do canal Sci-Fi “Frank Herbert's Dune” é mais fácil de ver, e apreciar, no que toca à história em si. E chegou a hora de falarmos das adaptações que estão mesmo, mesmo, para sair. Tenho que começar por mencionar “The Martian”, de Andy Weir, que, por estranha coincidência, estreia hoje em filme. Ainda não vi, mas pelos trailers, sneak-peeks e outros clips que têm sido divulgados, parece-me uma boa adaptação do que considero ser um dos melhores livros de 2014. Se ainda não leram, esperem pelo próximo mês (sim, será obviamente o livro do Clube de Leitura mensal). E agora que já estreou, aproveitem para irem ao cinema! Uma outra adaptação a filme que estou bastante entusiasmada por ver é a do livro “Ready Player One”, de Ernest Cline, com data prevista de estreia em Dezembro de 2017. Um excelente livro para todos nós que crescemos nos anos 80 (e mesmo para os mais novos) que promete ser um brilhante filme, não fosse estar a ser realizado pelo grande Steven Spielberg. Ainda temos que esperar bastante mas acho que valerá a pena. Para finalizar este artigo, tenho que falar nos livros que adorava ver em filme, mas que são talvez impossíveis de adaptar ao grande ecrã. Podemos começar pelo "The Silmarillion", de J.R.R. Tolkien, que é claramente um conjunto de histórias e não uma narrativa contínua. Torna-se assim muito difícil de adaptar a filme. Mas continuo a achar que seria visualmente espectacular. Seguidamente na minha lista vêm duas grandes séries de livros que, pelo seu enorme tamanho, muito dificilmente serão um dia adaptadas para cinema: “The Belgariad” e ”The Malloreon”, de David Eddings, com um total de 13 livros, e “Kushiel’s Legacy”, de Jacqueline Carey, com um total de 9 livros. Ambos são mundos que cativaram a minha imaginação, mas com aproximadamente 12.000 páginas entre eles, são um projecto sem dúvida difícil. Quem sabe se não serão um dia a adaptação a série de televisão? E vocês? Quais são as vossas adaptações a filme favoritas? Houve livros que consideram que foram arruinados na sua adaptação ao cinema? E quanto a livros que gostariam ver adaptados, têm sugestões? Como sempre, gostaríamos de ter a vossa opinião sobre estes, e outros assuntos no mundo especulativo. Participem deixando o vosso comentário, nos nossos fóruns e redes sociais! C.S. |
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