Podemos começar o artigo desta semana por avisar já que vai ser bastante curto.
Na nossa demanda por continuar a série de artigos de opinião sobe "Adaptações de X a Y" chegámos à conclusão que não existem muitos jogos adaptados a séries. Existem obviamente vários programas de televisão que são baseados em jogos de tabuleiro clássicos, como o Trivial Pursuit, Scrabble, Monopólio e afins, mas não é bem o género de jogos que nos interessa. Se incluirmos os videojogos conseguimos encontrar várias adaptações a séries de animação, de onde se pode destacar os clássicos, "Sonic", "Super Mario" ou "Legend of Zelda". Só quando passamos aos RPG's é que conseguimos finalmente algumas pérolas interessantes. Começando pela, provavelmente, mais conhecida: "Dungeons and Dragons" a série de animação, passou pelas televisões (americanas) entre 1983 e 1986, no canal CBS. Sem dúvida uma série a espreitar para quem gosta de coisas vintage. Mais recentemente em 2011, também baseado num RPG (por sua vez baseado num videojogo da BioWare), tivemos a websérie "Dragon Age: Redemption". Apesar de apenas ter 6 episódios aconselho-vos a todos a espreitarem esta mini-série criada (e interpretada) pela excelente Felicia Day. E por último não podemos deixar de falar em duas séries de Sci-Fi espectaculares que tiveram o seu mito de criação também em RPG's. Sempre em primeiro, Firefly, cuja ideia nasceu, em parte (e segundo reza a lenda), do jogo de Traveller RPG que Joss Whedon jogava nos anos 80. E uma das melhores séries de ficção-científica do ano passado, The Expanse, baseada nos livros de S.A. Corey (a.k.a. Ty Franck e Daniel Abraham) que por sua vez foram inspirados por um RPG, num fórum post-to-play, e que quase esteve para ser tornado num MMO. Só nos resta esperar que um dia alguém olhe para "Betrayal at the House on the Hill" ou "T.I.M.E. Stories" e resolva fazer uma série! Se conhecerem mais séries adaptadas de jogos, ou tiverem sugestões de jogos adaptáveis, deixem o vosso comentário aqui ou na nossa página de facebook. Até para a semana! C.S.
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Pois é meus amigos, temos estado um pouco ausentes, mas foi só porque estivemos a recuperar do nosso 2º Geekend.
Para quem não sabe exactamente o que é um Geekend (geek+weekend deveria ser explicação suficiente), espreitem aqui o nosso post do ano passado. Este ano não vos queremos fazer inveja contando todos os detalhes dos quatro excelentes dias passados a jogar, mas sim lançar dois desafios: 1. Vejam se encontram as diferenças! A colecção de jogos disponível aumentou certamente , tal como se pode ver pela altura das pilhas de jogos... Quem consegue adivinhar todos os jogos novos que levámos este ano? 2. Contem-nos um pouco sobre os vossos geekends! Também costumam organizar dias/fins-de-semana com os vossos amigos e família para se dedicarem aos jogos de tabuleiro? O que mais gostam nesses dias? Aproveitam para jogar o máximo de jogos possível ou para se debruçarem sobre aqueles jogos que demoram 5 ou 6 horas? Gostamos sempre de ouvir da vossa parte, por isso não se esqueçam de participar no nosso grupo de facebook ou aqui pelos comentários! Para a semana a secção ESPECULAR já volta à "programação" normal, com mais dicas de escrita criativa! Inté! C.S. Esta semana, a nossa rubrica "Eventos Especulativos", não será tanto uma review sobre um evento, já que ele ainda não aconteceu, mas uma forma de vos chamar a atenção para esta excelente iniciativa!
O evento "Silence Day" acontecerá no dia 23 de Abril a partir das 13 horas no Spawn Point. Organizado pela Imaginauta, Whoniverso e o Spawn Point Gaming Lounge, este evento vem celebrar o Silence Day (também conhecido por "Impossible Astronaut Day" - nome do episódio que estreou neste dia) o dia em que "The Silents" apareceram pela primeira vez nos nossos ecrãs. Para além de um almoço-convívio entre todos os fãs, haverão vários jogos, desde o RPG oficial de Doctor Who aos Sonic Screwdrives Duels, passando pelo desarmamento de bombas gnósticas! Os participantes são encorajados a aparecerem com os seus melhores cosplays de Doctor Who e haverá uma sessão fotográfica durante todo o evento. Para os que gostam de testar o seu conhecimento o evento contará com um quiz pelas 17 horas portanto não faltem! Para além de tudo isto estará no local uma banca de artesanato Whovian para se poderem deliciar com as criações das artesãs presentes no dia. Se são fãs de Dr. Who ou gostariam de saber mais sobre este fenómeno da cultura especulativa, aconselhamo-vos a dar um saltinho ao Spawn Point no dia 23 de Abril! De certeza que não se arrependerão. Divirtam-se e até para a semana. C.S.
Esta semana queremos falar-vos de um projecto novo que descobrimos nas nossas viagens por esse mundo virtual fora - Storium: um cruzamento entre um role-playing game e um exercício de escrita criativa colaborativa.
Não tendo ainda começado a jogar em Storium, posso no entanto falar um pouco de como funciona o sistema. Em Storium cada jogo tem um anfitrião que convida os jogadores para o jogo, e serve de organizador e moderador. Existirá também um narrador que guia a história, iniciando cada cena e apresentando desafios para os jogadores ultrapassarem. O narrador pode ou não ser o anfitrião, e o papel do narrador pode também ir mudando de cena em cena, entre todos os jogadores. Para além de se tornar um exercício mais colaborativo, este modo rotativo tem também outra vantagem: se um dos narradores estiver ausente demasiado tempo ou simplesmente estiver preso, sem ideias para continuar a cena, o anfitrião pode passar o papel de narrador ao próximo jogador na lista. A mecânica central de Storium são as "story cards", que representam diferentes aspectos da história, tal como pessoas, lugares ou situações. Cada jogo vem com um baralho de cartas (normalmente associadas ao mundo escolhido aquando da criação do jogo, ou escolhidas pelo anfitrião) que podem ser usadas pelos jogadores e pelo narrador para evoluir a história, quase como writing prompts. Os narradores têm três tipos de cartas para estabelecer cenas e criar desafios para os jogadores: Place, Character e Obstacle. Os jogadores têm seis tipos de cartas para criar os seus personagens, descrever as suas acções ou ultrapassar os desafios propostos pelo narrador: Nature, Strength, Weakness, Subplot, Asset e Goal. Quando o anfitrião cria inicialmente o jogo pode também escolher que tipo de história será: uma "Short story", uma "Novella" ou "Epic". Todos os tipos de história seguem o mesmo formato de três actos, com um determinado número de cenas por acto, e o sistema vai deixando dicas narrativas sobre o acto em que os jogadores se encontram. Claro que também podem ignorar esta formatação ou personalizar o vosso tipo de jogo. No setup do jogo podem também definir o estilo de jogo - mais focado na parte de jogo, mais focado na parte de escrita, ou ambas em coisas de igual modo - assim como o estilo de colaboração - cada jogador só pode escrever sobre a sua personagem, ou escrever sobre as outras personagens com autorização dos outros jogadores, ou ainda escrever sobre qualquer personagem desde que seja importante para a história. Podem também definir a velocidade do jogo, quantas cenas esperam fazer por semana (ou dia!). Sempre que um jogador ficar para trás o sistema irá enviar-lhes um email a relembrar que precisam de participar. Claro que algumas das opções de jogo encontram-se fechadas para quem não é membro, mas considerando que o custo de adesão anual ronda os 40.00 USD não se pode dizer que seja impossível aderir. Mesmo com as opções mais limitadas para os utilizadores que não paguem adesão, continua a ser um sistema interessante e com muitas possibilidades. Deixo-vos com o video explicativo do Storium se quiserem saber mais.
A única questão que sobra é: quem se juntaria a nós num jogo de Storium?
Esperamos pelos vossos comentários e sugestões! Até para a semana. C.S. Hoje vamos falar de algo que tem passado um pouco despercebido aqui pelas páginas do Especulatório - Clubes de Leitura: o que são e será que está na altura de organizarmos um?
Desde o começo que a equipa do Especulatório tem dedicado bastante tempo a falar de livros, quer com reviews e listas de livros a ler, quer tentando gerar uma partilha de opiniões com o nosso Clube de Leitura Mensal online. Infelizmente viemos a concluir que, ou a nossa audiência não é dada a oferecer a sua opinião nas nossas páginas e grupos das redes sociais, ou não temos conseguido chegar às pessoas certas para as cativar com o clube de leitura especulativo. Assim, hoje queremos perceber o que afinal são clubes de leitura, como funcionam, e se valerá a pena tentarmos organizar um clube presencial. Já existem clubes de leitura praticamente desde Gutenberg e a invenção do livro impresso. No século 17 criaram-se os "salões literários de Paris", reuniões sociais de senhoras de classe alta, que se juntavam para discutir literatura, arte ou política. Também nos cafés da época, reuniões deste género, mas mais informais, eram comuns entre os homens. O que nós identificamos actualmente como um clube de leitura, tem a sua origem provável no século 19, na cidade de Mattoon, Illinois, nos Estados Unidos da América, e, segundo consta, este clube ainda hoje se reúne. Existem, hoje em dia, um sem número de clubes de leitura, dos mais genéricos aos mais específicos, passando pelos literários. Eu pessoalmente sigo dois - o Vaginal Fantasy e o Sword and Laser - ambos online e bastante específicos no que toca ao género literário (como dá para perceber pelos títulos). Há várias formas de organizar um clube de leitura - escolher apenas um livro por mês, ou mais do que um dentro do mesmo tema, para alargar mais a discussão. Poderíamos também estabelecer uma votação quanto aos livros a ler, ou simplesmente cada participante escolher um por mês. O importante, sem dúvida, seria ter uma lista alargada de livros, dos vários géneros especulativos (Fantasia, Ficção-Científica, Steampunk, Horror, etc), para sabermos com antecedência o que se iria ler, assim como onde encontrar os livros escolhidos (bibliotecas, livrarias locais, livros usados, lojas online, etc.). Sendo toda a equipa do Especulatório fã acérrima de literatura especulativa, gostaríamos certamente de organizar um Clube de Leitura Mensal, presencial (aceitam-se sugestões de locais), em que pudéssemos ter a oportunidade de discutir os nossos (e os vossos) livros favoritos com outras pessoas que também adorem ficção especulativa. Sendo assim queremos ouvir as vossas opiniões sobre este assunto! Seria algo em que estariam interessados/as? Têm sugestões de livros a ler? Ou talvez de locais onde nos pudéssemos encontrar? Deixem-nos as vossas opiniões sobre o assunto para nos começarmos a organizar! Até para a semana. C.S. Pois é, esta semana falamos do primeiro evento oficial organizado pela equipa do Especulatório - "Vault of the Dracolich". Uma aventura de Dungeons and Dragons (5ª Edição) em que quatro equipas se unem para derrotar um inimigo em comum - o Dracolich Dretchroyaster - e recuperar o Cajado de Diamante de Chomylla, antes que o Dracolich se consiga apoderar de todos os poderes deste item mágico. Em termos práticos, cada equipa entrou na masmorra por uma sala diferente e os jogadores foram derrotando as várias ameaças à medida que avançavam, com o objectivo de encontrar um dos quatro ídolos de Bhaal, que desactivavam as protecções que rodeavam o Dracolich. Cada equipa nomeou o seu capitão de equipa, que recebeu um artefacto de telepatia (a.k.a. acesso a um grupo do Google Hangouts) de modo a poder comunicar com os outros capitães . Cada mesa teve o seu Dungeon Master, para além de um Head DM que coordenava e assistia todas as outras mesas. As personagens foram organizadas por mesa, de modo a termos equipas equilibradas (o que dependia também da área em que começava cada mesa), e os jogadores apenas tiveram que decidir qual a personagem que preferiam. Cada jogador teve ainda direito a um porta-chaves com um símbolo que identificava de alguma forma a sua personagem (armas, símbolos sagrados ou feitiços) Na nossa opinião, como organizadores, a sessão correu bastante bem, o que é bastante gratificante depois de todo o trabalho de preparação. Os últimos preparativos antes da sessão! Tivemos casa cheia, com 24 jogadores (seis por mesa), que incluíam desde principiantes a outros DM's, dos mais jovens aos mais maduros. No entanto, ficámos contentes por todos os grupos (mesmo aqueles que não se conheciam a priori) terem demonstrado excelente dinâmica entre os jogadores, independentemente da experiência, idade ou língua materna, chegando a desenvolver, na hora, alguma história pessoal entre as suas personagens. O bom humor foi também a marca do dia, com todos os jogadores a aceitar com (mais ou menos) alegria os horrores que lhes iam acontecendo. Todos os jogadores pareceram fazer bom uso das habilidades de cada personagem e demonstraram a capacidade de mudar de táctica quando necessário (às vezes combater não é a melhor alternativa...), mas nem mesmo os mais experientes conseguiram evitar certos desastres armadilhados! Cada equipa entrou por uma sala diferente e estávamos prontos a começar! Foi espectacular ver a interacção entre as mesas, com os jogadores a celebrar as vitórias, e a chorar as perdas, das outras equipas. Claro que algumas mesas tiveram mais sorte do que outras (7 Critical Hits numa tarde é um feito épico!), e noutros casos houve algum abuso por parte de um certo cefalópode gigante, mas no geral todos sobreviveram inteiros... Mais ou menos... Os capitães de equipa foram mantendo o contacto pelo Google Hangouts - quer dizer, pelos artefactos telepáticos - chegando este a ser usado para uma tradução telepática entre equipas. Isto sim é entreajuda! Algumas das batalhas mais épicas, o mapa geral da masmorra e a preparação para a batalha final! No final da tarde, quando todas as equipas conseguiram encontrar os seus ídolos de Bhaal, os capitães de equipa retiraram-se para, analisando todas as folhas de personagem, poderem melhor re-organizar as mesas de acordo com a tarefa final de cada uma. Uma equipa teve que desactivar as protecções que rodeavam o Dracolich, usando os quatro ídolos, outra teve que combater os vários undead atraídos pela energia negativa do Dracolich, outra teve a tarefa de derrotar o Dracolich, e a última teve a excelente surpresa de ter que derrotar o simulacro do Dracolich. Sim, porque só um Dracolich era pouco... A batalha final foi certamente épica e houve grande celebração quando finalmente ambos os Dracolich e a multitude de esqueletos, adeptos do mal e afins foram derrotados. Os nossos Dungeon Masters Para acabar só podemos lamentar não ter havido tempo para os jogadores explorarem todos os recantos da masmorra, mas infelizmente já estávamos apertados de tempo, já que a sala iria ser usada durante a noite para um evento de LARP. Na próxima sessão que organizarmos esperamos encontrar um local em possamos estar mais à vontade (quer em termos de tempo, quer em termos de espaço) e, de preferência, onde faça menos calor! Nós gostamos de calor humano, mas tanto também não... De certeza que os nossos jogadores concordam connosco. Só nos resta agradecer a todos os participantes, aos Dungeon Masters que os guiaram nesta aventura, à organização da LisboaCon 2016 e da área dos Role-playing Games em particular - o Grupo de Boardgamers de Lisboa e o Grupo de Roleplayers de Lisboa - por nos terem cedido o espaço e deixado organizar o que esperamos tenha sido uma tarde divertida para todos! Foi uma óptima oportunidade para dar a conhecer o Especulatório, não só a todos os jogadores, mas também ao público do LisboaCon 2016, que foi passando para investigar o que se estava a passar na masmorra do Dracolich. O grupo de intrépidos aventureiros que derrotaram esta mega-masmorra, e a equipa do Especulatório e os seus Dungeon Masters convidados! Nos próximos dias iremos partilhar mais algumas fotos e vídeos do evento.
Esperamos por vocês no nosso próximo evento (fiquem com atenção às nossas redes sociais)! Até para a semana! C.S. E chegámos ao fim de mais um Clube de Leitura mensal com o livro "Kushiel's Dart", de Jacqueline Carey.
Se ainda não acabaram este livro, ou estão à procura de uma review sem spoilers, espreitem a nossa secção Ler, porque por aqui vamos falar de alguns detalhes que podem interferir com a vossa leitura. Este primeiro volume da série "Kushiel's Legacy", que se estende por nove volumes, passa-se num mundo com claras semelhanças com o nosso. Terre d'Ange, é claramente território francês, os Skaldi representam os povos nórdicos e Alba é obviamente a Escócia. Nem todos podem concordar, mas estas semelhanças facilitaram, para mim, a leitura deste romance, já que é mais simples memorizar os detalhes geográficos e culturais dos diferentes locais. A divindade mais importante em Terre d'Ange é Elua, uma espécie de filho ilegítimo de Deus (há várias comparações que se podem fazer entre os pais de Elua e Jesus e Maria Madalena, mas não vamos entrar por aí). Elua foi preso por um rei e oito dos anjos de Deus desceram à Terra para se tornarem nos seus companheiros e o ajudarem. Um dos anjos, Naamah, ofereceu-se por uma noite ao rei que imprisionava Elua, em troca da sua liberdade. Mais tarde prostituiu-se de modo a que Elua e os seus companheiros tivessem dinheiro para comer. Assim, uma das principais instituições neste mundo é o serviço ao Anjo Naamah, cujas adeptas (e adeptos) são cortesãs e cortesãos que oferecem os seus corpos como um serviço sagrado, no Court of Night-Blooming Flowers. A divisão do Night Court em várias casas, com diferentes características é algo que considero também interessante neste livro, já que nos permite tentar identificar qual a casa a que pertenceríamos se vivêssemos neste mundo (tal como todos fazemos com as casa de Hogwarts). Existem 13 casas dedicadas ao serviço de Naamah, cujos lemas tendem a representar um dos aspectos do Anjo e os seus motivos:
Claro que a nossa heroína, Phédre nó Delaunay de Montrève, acaba por ser demasiado especial para se inserir completamente numa das casas, já que é uma anguissette, ou seja uma mortal escolhida por um dos anjos para restabelecer o equilíbrio no mundo de Terre d'Ange. E sem dúvida que Phédre se envolve em questões de política mundiais ao longo das mais de mil páginas deste livro, viajando para vários reinos e evoluindo como personagem desde a sua infância até à idade adulta. Para concluir só posso dizer que este romance tem um mundo muito bem construído, com um sistema religioso original e refrescante, e toda a trama política e de segredos nos deixa sempre de pé atrás com todas as novas personagens que vão aparecendo. Este mês resolvemos partilhar convosco um novo recurso que descobrimos pelas "internets" - um novo (para nós) website de música onde encontrámos esta excelente playlist para acompanhar este magnífico romance! Para o mês que vem vamos deixar à vossa escolha o livro a ler! Espreitem a nossa votação no nosso grupo do facebook e deixem-nos as vossas sugestões, opiniões e comentários! Até para a semana! C.A. Pois é, esta semana estamos um pouco obcecados com o nosso primeiro evento - a aventura "Vault of the Dracolich" - que estamos a coordenar, em conjunto com a excelente organização da LisboaCon 2016.
Para aqueles que têm estado mais distraídos e não sabem do que estou a falar fica o resumo: Quando: Dia 12 de Março (Sábado), por volta das 14 horas; Onde: LisboaCon 2016, Edifício AERLIS, em Oeiras; Como funciona: Registem-se (inscrições a abrir brevemente) ou apareçam à hora certa, escolham uma personagem pré-feita e juntem-se a uma equipa para se aventurarem na mega-masmorra que temos para vocês. A ideia será ter quatro mesas distintas, cada uma com o seu DM e a sua equipa, de quatro a seis jogadores, que terão que explorar e cooperar para derrotar o Dracolich Dretchroyaster e recuperarem o Cajado de Diamante de Chomylla. Cada equipa elegerá um capitão de equipa, que receberá um poderoso artefacto que lhe permitirá comunicar telepaticamente com os outros capitães, de modo a que todas as equipas se possam coordenar no seu ataque. É suposto que durante o jogo as várias mesas se cruzem e talvez até troquem jogadores, já que isso é parte da diversão! Mesmo que nunca tenham jogado D&D, serão mais que bem vindos para vir experimentar esta aventura original. Mas vamos agora ao que interessa. Como aventureiros prestes a arriscarem-se nesta busca por um artefacto tão especial (e todos os outros tesouros que se encontram nesta masmorra) é sempre bom terem algum conhecimento prévio sobre o vosso inimigo, o Dracolich Dretchroyaster. Dretchroyaster, também conhecido por Dretch (para os amigos), foi um dragão verde que adorava petiscar centauros e comer elfos à sobremesa. O primeiro registo deste dragão verde aparece no ano de 1091 DR (Dale Reckoning) quando combateu, num espectacular duelo aéreo, Naxorlytaalsxar, um dragão preto. Depois disso foi a causa de exílio de muitos elfos aquáticos no Lago Sember, devastou Battledale, Tasseldale e Featherdale, até ser temporariamente derrotado por uma companhia de aventureiros chamada Crossed Swords (como vêm é possível derrotá-lo!). Anos mais tarde, Dretch foi abordado pelo feiticeiro Larkonlan, um membro do Culto do Dragão, que lhe ofereceu a transformação para um Dracolich, assim como um novo covil. Após a mudança para a sua caverna nova, que muito lhe agradou, Dretchroyaster aceitou finalmente a transformação no ano de 1365 DR, e escolheu o cognome de "O Monarca Renascido" (nada convencido...). Agora que já têm alguma backstory sobre o vosso inimigo nesta jornada, de certeza que ele já não vos parece tão assustador, certo? Para além disto, podemos também vos adiantar que para conseguirem chegar ao Cajado de Diamante de Chomylla irão ter que encontrar os ídolos pertencentes ao culto de Bhaal, que são a única forma de contornar as defesas que protegem o cajado. Como vêm, esta aventura não tem nada de complicado: exploram uma masmorra enorme, matam uns tantos monstros, encontram uns ídolos e derrotam um Dracolich. Super fácil, certo? Então esperamos por vocês no dia 12 de Março, na LisboaCon 2016, para darmos inicio à aventura! Boa sorte, e que os Deuses dos Dados estejam convosco! C.S. Sou da opinião que hoje em dia existem demasiadas séries de televisão de excelente qualidade, para o tempo livre que tenho para as ver.
E escrever este artigo não ajudou, já que descobri mais umas tantas séries (e livros) que tenho que ver (e ler). Começando por uma das mais conhecidas, que não podia faltar, temos "Game of Thrones". A série criada por David Benioff e D. B. Weiss é uma adaptação da série de livros "A Song of Ice and Fire", de George R. R. Martin. Acho que não é preciso grandes explicações sobre esta série de fantasia, passada nos continentes de Westeros e Essos, sobre a luta pelo Trono de Ferro. Aconselho quer a série de televisão, quer a série de livros. Continuando na onda dos épicos fantásticos (se bem que numa escala bastante menor, em termos de série) temos a recente "The Shannara Chronicles", baseado nos livros de Terry Brooks e criada por Alfred Gough e Miles Millar. A primeira temporada segue os eventos do segundo livro "The Elfstones of Shannara" e é, até agora, bastante cativante. Não se deixem afastar pelo facto de ser uma criação da M.T.V.! Apesar de ser uma série (e um livro) sobre adolescentes, consegue valer a pena. Confesso que ainda não li os livros e, como tal, não posso comentar quanto à sua fidelidade ao material escrito, mas experimentem e digam-nos o que acharam! Outra série que está a dar que falar, e que está a passar actualmente nos nossos canais por cabo, é "The Magicians", uma série do Syfy, com base nos livros de Lev Grossman. A história segue os passos de Quentin Coldwater e as suas aventuras em "Brakebills College for Magical Pedagogy", assim como a história paralela de Julia Wicker, a personagem que não consegue entrar no colégio e procura magia de outras formas. Outro livro que está na minha lista para ler, mas a série de televisão pelo menos não tem desapontado. Uma série que já vai para a segunda temporada, e que tem acumulado bastantes fãs, é a série produzida pela Sony Pictures Televison, baseada nos romances de Diana Gabaldon, "Outlander". Com excelentes actores, conta a história de Claire Randall, uma enfermeira casada na 2ª Guerra Mundial que é transportada para a Escócia em 1743, no meio da revolução Jacobita, e conhece Jamie Fraser. Para além de um trio romântico bastante interessante, com todas as viagens no tempo, todas as paisagens desta série são espectaculares (ou não fosse ela filmada na Escócia). Se estiverem com estado de espírito para verem uma série mais romântica, ou gostarem de temas escoceses, aconselho! Antes de passar para os livros de ficção científica que foram (ou estão para ser) adaptados a séries de televisão, tenho ainda que mencionar duas séries baseadas em livros excelentes, cujas adaptações não foram tão boas como eu esperava. Estou a falar de "True Blood", produzido por Alan Ball, baseado na colecção de livros "The Southern Vampire Mysteries" de Charlaine Harris, e "The Dresden Files", uma série do Sci Fi Channel, baseada nos livros de Jim Butcher. Ambas as séries contaram com excelentes actores ( Anna Paquin e Paul Blackthorne) mas se por um lado "True Blood" foi diminuindo em qualidade ao longo das temporadas, "The Dresden Files" nunca chegou a descolar, apesar de, a meu ver, ter potencial para tal. Ambas as séries de livros são muito melhores do que a sua adaptação ao pequeno ecrã, e aconselho-vos a lerem (mais do que a assistirem). Passando agora aos livros de ficção-científica, quero começar por mencionar as séries baseadas nos livros de Stephen King. "Under the Dome", que começou em força mas foi perdendo ar à medida que avançou nas suas três temporadas, "11-22-63", que estreia esta semana no Hulu, e que ao longo de apenas nove episódios seguirá Jake Epping, um professor que viagem no tempo para prevenir o assassínio do Presidente John F. Kennedy, e por último a futura série baseada na colecção "The Dark Tower" (ainda sem data de estreia), que vai complementar a série de filmes a ser produzida pela Sony Pictures. Só posso concluir que é uma óptima altura para ser fã de Stephen King! Outra série que estreou há pouco tempo foi "The Man in the High Castle", uma adaptação produzida por Riddley Scott, do livro de Philip K. Dick, que faz a pergunta: e se a Alemanha nazi tivesse ganho a guerra? Sem dúvida um excelente livro, e uma série que tem tido boas críticas. Mais uma para a lista! Por último quero mencionar duas séries que, correm os rumores, estão para ser produzidas: "Old Man's War", de John Scalzi, a ser adaptada pelo SyFy, e "Foundation", um livro de Isaac Asimov a ser adaptado por Jonathan Nolan para a HBO. Boas notícias para quem está à procura de novas séries para ver, más notícias para aqueles de nós que ainda não conseguiram acabar todas as outras óptimas séries que por aí andam. Adoramos os vossos comentários por isso partilhem connosco as vossas opiniões sobre estas, ou outras, adaptações. Até para a semana! C.S. Hoje vamos aqui falar de M.O.O.C.'s (Massive Online Open Courses), uma ferramenta útil para quem quer aprender um pouco mais sobre a teoria da escrita criativa, mas não tem possibilidades de pagar cursos presenciais.
Antes de começar a falar de alguns dos cursos que tenho estado a acompanhar, queria destacar o que eu acho que é o melhor aspecto destas formações online: o facto de me obrigar a sentar e escrever! A realidade é que é difícil encontrar tempo (e às vezes vontade) para escrever no nosso dia-a-dia, e ter um prazo a cumprir ou pelo menos uma tarefa a completar para um curso é uma óptima motivação. Passando agora aos cursos em questão, o primeiro que vos queria falar é o "Start Writing Fiction" da The Open University, disponível no site Future Learn . Um curso sobre a escrita de ficção em geral, mas mais focado para a criação de personagens, com entrevistas com autores publicados sobre os seus métodos de escrita, sugestões de coisas a observar e anotar nos vossos cadernos de escrita (todos devíamos ter um, real ou virtual) e bastantes exercícios de escrita para nos forçar a experimentar novas coisas. Apesar de já ir a meio (faltam quatro semanas para acabar) aconselho-vos a darem uma espreitadela. Quem sabe se não descobrem algo que impulsione a vossa escrita? Seguidamente tenho que vos falar de um conjunto de cursos do Coursera, que juntos constituem a Especialização de Escrita Criativa, da Wesleyan University. Podem inscrever-se em vários cursos ou num só, e até podem requerer um certificado no fim e participar no projecto final, se não se importarem de pagar. Para a versão de auditor do cursos não há custos e a primeira parte - "Creative Writing: The Craft of Plot" - começou esta Segunda-feira. Esta primeira formação foca-se na estrutura e enredo das histórias, como construir cada cena e técnicas de edição e revisão. O último curso que vos queria mencionar é o "Writing for Young Readers: Opening the Treasure Chest", leccionado pelo Commonwealth Education Trust, também do website Coursera. Uma formação mais direccionada para a escrita para a geração mais nova mas que tem a vantagem de ser self-paced, ou seja podem começá-lo quando quiserem, e ele vai sugerindo prazos para a conclusão de cada parte, de modo a vos manter motivados! Para além destes três cursos direccionados para a aprendizagem das técnicas de escrita criativa, aconselho-vos a espreitarem as listas de formações noutras áreas, que podem vos ajudar em termos de ideias e conhecimentos em vários ramos. Por exemplo, se gostariam de escrever ficção-científica experimentem acompanhar um curso em Astrofísica, Exoplanetas ou Neurobiologia, ou se estão interessados em escrever no género de história alternativa, experimentem um dos muitos cursos de história e humanidades disponíveis. Quanto a websites de M.O.O.C.'s, para além do Coursera e do Future Learn que já aqui referi, experimentem o edX, o Udemy, o Iversity, o Canvas Network, o Open2Study ou o OpenUpEd. Espero que este artigo vos ajude a aprender alguma coisa! Boas aprendizagens e até para a semana. C.S. |
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